O técnico Ricardinho completou 71 dias à frente do Paraná Clube. Um período de provações, com muito treinamento e poucos jogos. Na prática, um teste para quem tem a difícil missão de reformular o elenco tricolor e manter o grupo focado. Porém, o treinador acredita que a pior fase já passou. “Sei que muitos reclamam quando você não tem tempo para treinar. Mas só treinar também é complicado”, admite Ricardinho.
Apesar do quadro desfavorável, ele não economiza nos elogios ao grupo, que encarou esse período com profissionalismo. “É uma fase que está terminando. Agora vamos viver o outro lado da moeda: com muitos jogos e pouco tempo para treinar. Por isso, tudo o que fizemos nesses mais de dois meses terá reflexos lá na frente”, analisa.
O técnico, dependendo de um bom desempenho diante do Ceará – os jogos serão nos dias 11 e 18 de abril -, poderá ter pela frente três competições simultâneas: Copa do Brasil, Segundona Paranaense (a partir de 1.º de maio) e Série B (com início programado para 19 de maio). “Vamos jogar, na melhor das hipóteses, a cada três dias. Isso sem contar as muitas viagens. É o outro lado da moeda”, destaca.
Nos confrontos contra o Luverdense, ele conseguiu definir uma equipe-base. Mesmo com as baixas de Bruninho e Wellington Silva, não pretende mexer na estrutura definida. Isso, porém, não significa que o Paraná não terá novidades. O meio-campo Wendel e o atacante Nilson são os mais cotados para ocupar as vagas deixadas pelos titulares. Mas Ricardinho tem ainda opções como os recém-chegados Fernandinho (lateral-esquerdo) e Vandinho (volante). “Estamos montando um elenco equilibrado, projetando toda a temporada e não apenas a Copa do Brasil”, lembra Ricardinho.
Caso supere o Ceará, o Tricolor já poderá ter pela frente um jogo da terceira fase no dia 25 de abril. A partir da daí, adeus “folga”. Com as competições simultâneas, o Paraná terá nada menos do que 56 jogos a disputar (sem contar Copa do Brasil) num período de 7 meses.
