A farmácia Anna Terra, de Santa Bárbara d’Oeste, afirmou nesta terça-feira que houve distorção nas informações fornecidas por escrito para a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CDBA) sobre as cápsulas de cafeína consumidas por Cesar Cielo e negou ter assumido qualquer erro que teria levado à contaminação do produto.
O representante da farmácia, Reginaldo Lante, divulgou nota à imprensa e publicou em seu perfil no Facebook que a farmácia prezou pelo total cumprimento das normas de segurança publicadas pela ANVISA e Conselho Regional de Farmácia (CRF).
“A doutora Ana Tereza Cósimo de Oliveira (proprietária da farmácia) e sua equipe dispensam total atenção aos procedimentos operacionais e de segurança na produção de medicamentos”, informou.
Lante disse, ainda, que o teor das declarações da farmácia Anna Terra à CBDA está sob sigilo e não será publicado. E que, por ora, a empresa não se manifestará mais sobre o assunto.
Após o anúncio do doping, surgiram notícias de que a farmácia teria assumido a culpa pelo resultado positivo para a substância furosemida, proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada). A contaminação teria sido causada por erro humano na manipulação das cápsulas de cafeína consumidas por Cielo e pelos outros nadadores Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked.
Inicialmente, estas notícias foram atribuídas à CBDA, com base no relatório apresentado pela farmácia à entidade. A farmácia alegou nesta terça que houve distorção na divulgação destas informações.
Os quatro nadadores foram flagrados no exame antidoping no Troféu Maria Lenk, em maio, no Rio de Janeiro. O teste positivo para o diurético furosemida, que pode mascarar outras substâncias, foi anunciado na sexta-feira pela CBDA.
Os atletas receberam apenas uma advertência e perderam as medalhas e os índices obtidos no Maria Lenk. A anulação dos resultados custou a Nicholas dos Santos e Henrique Barbosa a vaga no Mundial de Xangai, que será disputado entre os dias 16 e 31 deste mês.