Familiares de holandeses já sentem saudade do Brasil

A “cena mais triste da Copa do Mundo”, como titulou o diário alemão Bild, ocorreu ao final da disputa de pênaltis que eliminou a Holanda e classificou a Argentina para a grande final da Copa do Mundo. O craque holandês Arjen Robben tenta consolar o filho Luka, que chora no colo da mãe, Bernadien, na arquibancada do estádio Itaquerão.

As imagens podem ser consideradas o fecho dos 36 dias de convívio entre jogadores da Holanda e os parentes que vieram acompanhá-los e assistir ao Mundial. Foram tantos os familiares de jogadores e integrantes da comissão técnica que manifestaram interesse em vir ao Brasil que a Federação de Futebol da Holanda contratou uma agência de turismo para montar a logística da visita.

Um avião foi fretado especialmente para trazer mulheres, noivas, namoradas, filhos, pais, mães, primos, tios e amigos. No total, 109 pessoas ligados de alguma forma a membros da delegação da Holanda vieram ao Brasil e se deslocaram para todas as cidades em que a seleção atuou (Salvador, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre), além de permanecerem na base do Rio de Janeiro antes da abertura da Copa e no intervalo entre as partidas.

Van Gaal diz que, para jogar bem, o atleta precisa estar em equilíbrio técnico e mental. “O jogador tem que estar bem, tanto no aspecto psíquico quanto no técnico. O lado psíquico é muito influenciado pelo ambiente, daí ter autorizado o contato com esposas e filhos”. Sempre nos dias seguintes aos jogos, o treino era liberado para os parentes. A criançada invadia o gramado do centro de treinamento, na zona sul carioca, e brincava com os jogadores.

O capitão Robin van Persie, de 30 anos, estava sempre com a mulher, Bouchra, e os filhos Shaqueel, de 7 anos, e Dina Layla, de 5. Shaqueel repetia sempre que será jogador de futebol. No campo, brincava geralmente com Roan, de 7 anos, filho do ala Dirk Kuyt, e Shane Patrick, de 6, caçula dos quatro filhos do assistente Patrick Kluivert.

Além de Roan, Kuyt trouxe ao Brasil a mulher, Gertrude, com quem trocou beijos apaixonados nas arquibancadas do centro de treinamento. “Foi uma ótima decisão do treinador nos permitir trazer a família. Roan adora futebol e conhece todos os jogadores. É fã de Neymar. Ter mulher e filho por perto, por algumas horas, é muito revigorante”, afirmou Kuyt.

Os filhos também costumavam ir ao campo após os jogos da Holanda. Mais de uma vez, Van Persie deu entrevistas com os filhos ao lado e no colo. Robben sempre correu, encerrada as partidas, em direção a mulher e ao filho sentados na parte baixa das arquibancadas em todos os jogos da seleção.

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