A família paranista está enlutada. Faleceu na madrugada de ontem, aos 67 anos, Émerson Alves de Andrade, o Paulista, um dos melhores goleiros da história do Ferroviário. Foram doze anos como atleta e uma vida dentro do clube, atuando como dirigente, conselheiro ou simplesmente torcedor. No último sábado, ele esteve no Durival Britto, sofrendo com o seu time do coração. Paulista foi internado no dia seguinte e na terça faleceu, de complicações causadas por diabetes.

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Émerson de Andrade, dono de um estilo ?bonachão?, tinha trânsito livre no clube. Independente do comando diretivo, ele sempre estava presente, dando uma olhadinha nos treinos e conversando com funcionários e atletas. Um perfil que fez de Paulista o primeiro diretor de futebol da história do Paraná Clube, exercendo a função entre 1990 e 1994, nas gestões de Aramis Tissot e Darci Piana. Depois disso, passou a atuar apenas como colaborador e conselheiro do clube.

Émerson de Andrade chegou ao Ferroviário em 1959, vindo do Operário Ahu. No ano seguinte, assumiria a condição de titular da camisa 1, que defenderia – com breves interrupções – ao longo da década seguinte. É apontado como um dos grandes goleiros não só do Ferroviário, mas do futebol paranaense nos anos 60s, período em que levou o seu clube ao bicampeonato de 1965/66. No dia 17/7/1969 recebeu o prêmio Belfort Duarte, por ter superado a marca de duzentos jogos sem receber cartão vermelho.

A despedida de Paulista dos gramados ocorreu em janeiro de 1971, num amistoso entre Ferroviário e Atlético (1×1), no Alto da Glória. Responsável pelo setor de preservação e memória do clube, João Maria Barbosa lembra sem vacilar o time que entrou em campo naquele dia: Paulista; Bira, Álvaro, Zequinha e Vilela; Lulinha (Pedrinho), Reginaldo (João Carlos), Ortiz e Nei (Madureira); Bremer e Techio. Familiares e amigos estiveram ontem à tarde no Cemitério Municipal para o último adeus a Émerson de Andrade, ou simplesmente, Paulista.

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