A família do operário Fábio Hamilton Cruz, morto em um acidente nas obras do Itaquerão, no último sábado, vai acionar a justiça para pedir indenização de R$ 1 milhão pelos danos morais e materiais, além de pensão vitalícia de R$ 425 por mês para a mãe do falecido. Segundo o advogado do caso, Ademar Gomes, três empresas serão acionadas no caso: Odebrecht, a WDS e a Fast Engenharia.

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A mãe de Fábio, Sueli Rosa Dias, de 45 anos, disse em coletiva em São Paulo nesta quinta-feira que o filho não deve ter caído da altura de oito metros por negligência, mas sim pela falta de equipamentos e por não ter recebido preparo suficiente para a função. “O Fábio só tinha feito curso teórico, não tinha tanta experiência assim. Ele já tinha me contado que fazia um serviço arriscado e que deveria ter mais segurança”, afirmou. “Meu filho me falou que para poder andar, tinha que tirar o equipamento. Por isso querem jogar a responsabilidade do acidente para ele, mas isso eu não vou aceitar”, comentou.

O advogado do caso mostrou a carteira de trabalho do operário. Nela consta o registro de ajudante e, por isso, Fábio não poderia estar na função que ocupava, a de montador. “Ele não recebeu preparo para montar estruturas, fez apenas um curso teórico e estava aprendendo o resto na prática. Também faltava equipamentos de segurança, como uma rede para evitar a queda até o chão”, explicou.

Gomes disse que vai esperar a perícia terminar para entrar com um processo contra as empresas envolvidas. O operário era registrado desde janeiro pela WDS, que foi subcontratada pela Fast Engenharia para montar as arquibancadas móveis no estádio, construído pela Odebrecht. O advogado estima que o tempo total do caso deve chegar a três anos e a expectativa é de que a família ganhe como indenização R$ 1 milhão, além de pensão vitalícia à mãe de 40% do salário de Fábio, que era de R$ 1.067.

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