A FIFA completa 100 anos hoje. E, em homenagem ao aniversário, França e Brasil usaram dois dos algarismos para dar placar ao jogo de ontem, em Paris.

O duro é que foram os dois zeros, quer dizer, 0x0. Apesar de toda a preparação e da expectativa, a partida ficou bem abaixo do nível esperado, servindo apenas como preparação para os jogos contra Argentina e Chile.

Podem falar qualquer coisa, mas a festa foi bem preparada. Ao entrarem em campo, Brasil e França envergavam seus antigos uniformes. O estilo era mesmo de outrora para jogadores e árbitros: camisas de botão e calções (quase bermudas) com cinto. Estádio lotado, torcida animada, e as duas seleções detentoras dos últimos títulos mundiais. Não era para ser uma grande celebração do futebol?

Era. Faltou apenas o futebol. Os dois times foram cautelosos desde o início da partida. Evitavam-se as jogadas mais ríspidas (tanto que a partida acabou sem cartões amarelos) e até mesmo piques mais exigentes para a forma física dos jogadores já cansados – afinal, a temporada européia está terminando. A seleção brasileira criou oportunidades, mas nada que obrigasse Coupet a realizar grandes defesas.

Os principais jogadores estavam apagados. Kaká e Pires jogavam com o ?freio de mão puxado?, Zidane e Ronaldo eram pouco efetivos. Apenas Henry e Ronaldinho demonstravam vontade em jogar, e foram os destaques da partida.

No segundo tempo, nem os uniformes voltaram – os dois times retomaram os kits atuais. E o Brasil, jogando ao nível da beleza de sua camisa, piorou. Apenas Alex conseguia bons lances, mas Ronaldo vivia péssima tarde. “Acho que é o estádio. Ele me dá azar”, disse o “Fenômeno” após o jogo. Ainda assim, foi Roberto Carlos o autor da melhor jogada da partida, acertando a trave de Coupet com um forte chute.

A partida terminou da forma que começou, sem que os cem anos do esporte mais apaixonante do planeta fosse homenageado de forma adequada. Ruim para quem esperava uma festa do futebol. Pior ainda se pensarmos que esse pode ser o pontapé inicial do segundo século da FIFA. E se a primeira impressão é a que fica…

Convocados

Carlos Alberto Parreira chamou o goleiro Marcos, do Palmeiras, o lateral-direito Mancini, da Roma, o zagueiro Fábio Luciano, do Fenerbahce, e o centroavante Ricardo Oliveira, do Valencia, para a partida de terça contra a Catalunha. Eles entram nos lugares de Dida, Cafu e Kaká, não liberados pelo Milan para o amistoso.

Jogadores aprovam amistoso

Paris – Os jogadores da seleção brasileira aprovaram o amistoso contra a França, em Paris. Falando em francês, espanhol e português, Ronaldinho Gaúcho gostou da atuação da equipe no empate sem gols. “Foi uma boa preparação para os jogos que vão valer pontos”, afirmou o jogador do Barcelona, referindo-se às partidas contra Argentina e Chile pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2006.

O lateral-esquerdo Roberto Carlos lamentou a falta de gols. “Estivemos muito perto do gol, mas infelizmente não foi possível”, disse o jogador, que acertou a trave francesa. “Bati de bico.”

O zagueiro Luisão, bastante elogiado pela imprensa que esteve no Stade de France, não conseguia conter a alegria. “Foi um jogo de grande responsabilidade e importante para conquistar meu espaço.”

Kaká, Dida e Cafu não jogam na Espanha

Paris – A seleção brasileira volta a ficar incompleta a partir de hoje. Oito atletas foram liberados e só se reapresentam na segunda, véspera da partida contra a seleção da Catalunha.

Além disso, Dida, Cafu e Kaká não vão integrar a seleção brasileira, terça-feira, no jogo contra a seleção da Catalunha. A Fifa enviou um comunicado à CBF solicitando a desconvocação destes jogodores, pois o amistoso não é data da Fifa.

Para esta partida, o técnico Carlos Alberto Parreira convocou: Marcos (Palmeiras), Mancini (Roma), Fábio Luciano (Galatasaray) e Ricardo Oliveira (Valencia). Eles se  apresentam na segunda-feira.

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