Faltam mil dias para Copa e Arena segue sem obras

Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e lanterna em iniciar as obras para a Copa do Mundo. Restando mil dias para 12 de junho de 2014, contagem que inicia a partir de amanhã, o Atlético está muito aquém do que era esperado para a adequação da Arena da Baixada para receber jogos do Mundial. O projeto para as obras, que estavam previstas para iniciarem no começo do ano, ainda nem construtora definada tem. Assim, a reforma do estádio vai se arrastando.

Enquanto todas as outras praças já são pleno canteiro de obras, na Baixada a situação está longe disso e ainda engatinhando na tentativa de conseguir os recursos necessários. Na terça-feira, o ex-presidente Mário Celso Petraglia, escolhido para ser o “gestor” das obras do estádio, esteve reunido com o prefeito Luciano Ducci para tentar receber um plus além dos R$ 90 milhões que serão liberados em potencial construtivo. Ao final do encontro, ouviu que precisa apresentar o valor exato da obra e o cronograma do estádio se quiser negociar. Por fim, saiu de mãos abanando da sede do governo municipal.

Petraglia assumiu o posto de presidente da comissão da Copa em julho, após convencer o conselho deliberativo do clube de que sua modelagem era a melhor – havia uma proposta fechada da construrada OAS que foi rechaçada. Após isso, foi formado um grupo de oito conselheiros para comandar todo o processo. O grupo teve os nomes dos integrantes aprovados no final de agosto, mas até agora nada caminhou em termos de obras. Petraglia, no entanto, tem dito que elas começam em 1.º de outubro na área do estacionamento do estádio.

Incógnita

Nem mesmo o conselho deliberativo do Atlético tem acesso a detalhes do que está sendo feito. “Temos informações de que eles estão agilizando os contatos governamentais e a modelagem da apresentação orçamentária. Mas qual a fase de trabalho eles estão não sabemos”, admitiu o presidente do conselho, Gláucio Geara.

Para a população – que tem o direito de acompanhar o trâmite pelo envolvimento de investimento público (através do potencial construtivo) – o processo é ainda menos democrático. Não há nenhum canal de informação de como o plano está sendo conduzido.

O acordo é que a comissão terá de repassar informações ao conselho uma vez por mês e o próximo encontro está agendado para 27 de setembro -por sinal, data muito próxima do limite que permitirá à Baixada ser sede da Copa das Confederações. Ao menos é o que se pode tirar das declarações do próprio autor do projeto de reforma do estádio, o arquiteto Carlos Arcos. No Fórum dos Arquitetos da Copa, realizado dia 12 de agosto, em São Paulo, Arcos rebateu que a Baixada tenha 70% das obras prontas. Para ele, não passa de 45%, o que gera preocupação ainda maior. “O projeto nasce com 45% do estádio pronto, mas isso tem sido uma faca de dois gumes. Por termos uma parte adiantada, não se tomam as decisões para o projeto seguir em frente”, disse à época.

Assim, a Arena da Baixada vai ficando para trás. É o único dos 12 estádios ainda não está em obras.

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