A contagem regressiva para a Copa do Mundo 2014 não para. A partir de amanhã, faltarão exatos 900 dias para a abertura do Mundial que será realizado no Brasil. Nas cidades-sedes, o panorama varia muito de uma para outra.
Em algumas cidades, as obras dos estádios evoluem num ritmo mais rápido que o cronomgrama inicial. Em outras, predomina a lentidão. Curitiba e Porto Alegre se incluem nesse cenário. As duas capitais, das 12 selecionadas pela Fifa, são as únicas que ainda não têm canteiro de obras funcionando nos estádios Arena da Baixada e Beira-Rio.
O estádio Castelão, em Fortaleza, segue como o mais adiantado dentre as 12 sedes. O palco da capital cearense fecha 2011 com 50% das suas obras já concluídas, algo que era estipulado apenas para janeiro de 2012.
Os próximos passos serão dar início à construção das bilheterias e do acesso ao estacionamento. Outros que estão bem encaminhados são o Mané Garrincha, em Brasília, e o Mineirão, em Belo Horizonte.
O estádio da capital federal tem 42% das obras já finalizadas. Porém, o orçamento, antes próximo dos R$ 700 milhões, agora está perto de R$ 1 bilhão, devido à cobertura e o valor do gramado e das cadeiras.
Palco da final da Copa do Mundo, o Maracanã, no Rio de Janeiro, sofreu atraso nas suas obras devido às recentes greves dos operários e tem apenas 30% do projeto concluído.
Em ritmo mais acelerado estão o Itaquerão, em São Paulo; a Fonte Nova, em Salvador, e a Arena Pantanal, em Cuiabá. Todos fecham o ano com avanço nas suas obras. O estádio do Corinthians, inclusive, está em construção quase 24h por dia, com 70% da terraplanagem já concluída.
Até a Arena das Dunas, em Natal, quer era uma obras que mais preocupavam a Fifa, teve uma evolução acentuada em 100 dias. A sede do Rio Grande do Norte já demoliu o antigo Machadão e concluiu 80% da terraplanagem. As fundações também já começaram a ser realizadas – as obras estão 11% feitas.
Desapropriação
Em termos de Arena da Baixada, a mais recente novidade foi o decreto assinado pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e publicado quinta-feira, que desapropria 11 áreas que ficam nas ruas Brasílio Itiberê e Buenos Aires. Apenas o prédio que pertence às Forças Armadas não será desapropriado, pois entrará em um processo de permuta.
Assustados com a notícia desagradável às vésperas do Natal, os moradores ainda não querem falar sobre o assunto. O grupo, que já não gostava da ideia, quer primeiro ficar a par dos detalhes do decreto.Ninguém ainda foi oficializado da decisão. Mas uma coisa é certa, transformada em lei, a desapropriação é fato e deve ocorrer já nos primeiros meses de 2012.
“O processo definitivamente ganhou caráter oficial legal desde a publicação do decreto. É claro que as famílias e proprietários serão chamados para conversar, dialogar e serem informados dos valores que serão pagos”, explicou o secretario municipal para Assuntos da Copa, Luiz de Carvalho.
A prefeitura, através da diretoria de patrimônio e da secretaria de administração, vai oficiar os moradores e proprietários a partir do dia 2 de janeiro. O secretário assegura que ninguém terá prejuízos.
“Temos avaliações da Caixa Econômica Federal e do próprio mercado. Não queremos trazer nenhuma perda material, mas sabemos que tem a questão sentimental e emocional muito forte. Isso faz parte da vida. É um processo irreversível”, acrescentou.
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