Barcos chegou ao Palmeiras e precisou de poucos jogos para virar ídolo. Até comparações com craques do passado surgiram. Símbolo palmeirense, o ex-atacante Evair foi um dos que admitiram ver semelhanças entre o argentino e ele. Mas, apesar de toda pinta de goleador, o Pirata, como é chamado pela torcida, parece ter sentido a instabilidade do time e também parou de fazer gols.
Desde a derrota para o Corinthians, jogo que os palmeirenses apontam como início da queda de qualidade da equipe, Barcos praticamente abandonou as redes. Foi apenas um gol em sete jogos. Antes, seu retrospecto era de 10 partidas e nove gols.
Vários são os motivos que podem explicar a queda de rendimento, mas talvez o ponto fundamental tenha sido a mudança tática do time. Barcos tem saído da área e criado jogadas, em vez de ficar na zona de gol, esperando a bola chegar.
A entrada de Wesley, que atuou em quatro partidas antes de sofrer grave lesão, fez com que o time ficasse com um meio-de-campo congestionado. Sem muitas opções para criar jogadas, o Palmeiras perdeu força ofensiva.
O melhor momento de Barcos no Palmeiras foi ao lado de Maikon Leite, que se recupera de uma lesão no joelho esquerdo, mas a equipe não tem um outro jogador com essa característica.
Quem pode tentar ocupar essa vaga é Mazinho, que veio do Oeste e tem como uma de suas maiores virtudes a velocidade, como o antigo titular. Além dele, outro que pode tentar suprir essa carência é o jovem Vinícius.
Barcos ainda tem prestígio com a torcida e com o treinador. Também tem a seu favor o fato de disputar posição com jogadores que não tem jogado bem, casos de Fernandão e Ricardo Bueno. Mas, apesar de tudo isso, o argentino admite que o jejum o incomoda, pois ele nunca ficou tanto tempo sem fazer gols. Assim, espera voltar a marcar nesta quarta-feira, diante do Paraná, em Curitiba, pela Copa do Brasil.