Foram duas penalidades máximas contestadas – uma clara sobre Éverton, outra duvidosa sobre Rogerinho – mas insuficientes para o técnico Rogério Perrô mudar o foco.
De forma absolutamente equilibrada, o treinador imputou aos erros individuais e à já crônica incapacidade de marcar gols do time o novo insucesso no Paraná Clube na Série B do Brasileiro. Sempre com o cuidado de não transferir a responsabilidade do revés para os ombros de apenas um jogador.
?Criamos dez, doze chances e só fizemos um. O adversário nos ameaçou em bolas paradas e ganhou o jogo?, destacou Perrô. Para o técnico, as mudanças efetuadas no intervalo melhoraram o time, que mesmo tendo feito o seu gol no primeiro minuto da partida, não conseguiu realizar uma boa etapa inicial. ?O Juventude tem um time qualificado e nos impôs dificuldades. Por isso optei pelas entradas do Naves e do Marcelinho?, explicou.
A idéia era ganhar o meio-de-campo e ter maior velocidade à frente. ?E isso aconteceu, só que sofremos os gols em deslizes individuais?, comentou. ?Agora, independente dos gols sofridos, mais uma vez não tivemos capacidade para transformar o volume de jogo em gols?, disse Perrô. Nos minutos finais, então, o Paraná foi jogando pela linha de fundo uma chance após a outra, sem contar duas ou três ações precisas do goleiro Michel Alves.
Perrô reconheceu que, diante desse quadro, precisará de mais dois ou três reforços para a seqüência da Série B. Porém, em tom de desafio, disse que confia no trabalho que está sendo desenvolvido, por mais que os resultados estejam muito aquém do esperado (em especial na Vila Capanema, onde desde o início da competição o clube já perdeu 12 pontos). ?Escutem o que estou dizendo. Vai dar tudo certo. Vamos subir?, disparou, com otimismo.