Monza – Por duas vezes Rubens Barrichello ficou sem freios ontem nos primeiros minutos dos treinos livres para o GP da Itália, em Monza. Num circuito onde se atinge quase 360 km/h, não é algo agradável. Por conta disso, o brasileiro acabou completando apenas duas voltas na primeira sessão.
Houve uma certa tensão na equipe. Barrichello foi para a pista no início do treino e, segundo contou, o pedal de freio “afundou”. Ele voltou aos boxes, relatou o problema, os mecânicos mexeram no sistema e o liberaram para a pista. Novamente, os breques não funcionaram.
“Entrei no carro, não tinha freio. Entrei de novo, não tinha de novo. Saí e falei: escuta, isso aqui está sem freio. Você por favor me arruma. Só guio o carro quando tiver freio. Foi só isso, não houve nada demais.” Mas a imprensa italiana, ávida por qualquer notícia num fim de semana particularmente fraco em novidades, fez barulho. No meio da tarde, corriam boatos dizendo que Rubens teria agarrado um mecânico pelo colarinho, nervoso com o problema que não era solucionado.
Não aconteceu nada disso. A própria assessoria de imprensa da Ferrari, que foge de polêmicas como o diabo da cruz, fez questão de mostrar a imagem de TV que teria registrado a suposta agressão do piloto. Na verdade, Rubens apenas sai gesticulando do cockpit e se aproxima do chefe de seus mecânicos, Claudio Papaleo, para lhe falar próximo ao ouvido, por causa do barulho da pista.
A surpresa foi Eddie Irvine, da Jaguar, em quarto. Hoje, a partir das 8h, acontece a sessão que define o grid do GP da Itália, 15.ª etapa do Mundial.