São Paulo – A contratação do ala Falcão, eleito o melhor jogador de futsal pela Fifa, causou um efeito devastador. Se o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, queria criar polêmica, definitivamente conseguiu. O dirigente também cumpriu a promessa de contratar mais um reforço antes do fim do ano: Mineiro será jogador do São Paulo, a partir de 1.º de janeiro.

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Um dia depois do anúncio da contratação de Falcão, a diretoria do São Paulo já encara um sério problema. Os diretores do clube de Jaraguá do Sul, com quem Falcão tem contrato até o fim de 2005, avisam que, para liberar o atleta, vão cobrar multa rescisória de R$ 400 mil, mais R$ 130 mil, referente a um amistoso contra a Roma, na Itália, em que Falcão seria a atração.

Gouvêa, porém, já avisou que não desembolsará o montante exigido: "Isso está fora de cogitação. Cumprimos aquilo que foi combinado. E nenhuma multa foi citada na reunião de segunda-feira."

O empresário de Falcão, Luís Fernando Berrettini, garante que o valor da multa é inferior ao exigido pelo Jaraguá do Sul. "Isso é mentira. É muito abaixo disso. Estamos tentando um acordo para pagar essa multa por meio de direito de imagem dele ou, até mesmo, com a promoção de um jogo de despedida." Além da multa, os dirigentes catarinenses estão bronqueados com a postura do cartola. "Ele (Gouvêa) demonstrou ser uma pessoa sem ética. Deveria saber que o atleta tem um contrato com um clube e não nos procurou antes de falar com o jogador", disparou o diretor Carione Pavanello.

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Falcão, que assinará contrato com duração de seis meses e receberá salário de cerca de R$ 60 mil, só aceitou o convite depois que foi notificado por Portugal Gouvêa de que o técnico Emerson Leão havia dado o aval para a sua contratação. "Se o Leão não tivesse aprovado, ele não iria", diz Berrettini.