Fabrício, ex-Atlético, é bem visto no Coxa

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Com largo sorriso, Fabrício só está preocupado com o título da Série B.

A diretoria não confirma nada. "Não temos nada de novo", diz o gerente de futebol Oscar Yamato. "Não renovamos com ninguém e não contratamos ninguém", reitera o coordenador técnico Sérgio Ramirez. Mas como ninguém esconde que a montagem do elenco do Coritiba para 2005 já está em andamento, os nomes vão aparecendo. Um deles é Fabrício, hoje no Brasiliense, mas que está vinculado ao Atlético.

O contrato de Fabrício com o time do Distrito Federal termina dia 31 de dezembro. Como não está certo que ele permaneça em Taguatinga (nem que seja aproveitado pelos atleticanos na Copa Libertadores da América de 2005), há chances de que ele vista a camisa do Coxa, embora nenhum dos rivais paranaenses comente esta hipótese. Sabe-se que o jogador já foi elogiado por dirigentes do Coritiba, e os mesmos acreditam ser pouco possível uma negociação com o rival – ainda mais agora, às vésperas do final do Campeonato Brasileiro.

Por enquanto, o jogador diz estar apenas preocupado com a rodada final da Série B, sábado, quando o Brasiliense poderá ser campeão se empatar com o Bahia, em Salvador. "Hoje estou no Brasiliense e quero ser campeão", afirma. Formado nos juniores do América-MG, Fabrício foi contratado pelo Atlético em 2002, mas nunca se firmou entre os titulares. Em julho, foi emprestado à equipe que vai disputar a Série A apenas quatro anos depois ter sido fundada.

Lopes aposta contra a recuperação dos pontos

Ele conhece as coisas do Rio, e principalmente os meandros da CBF e dos tribunais. Por isso, Antônio Lopes fala com segurança sobre a tendência do julgamento do recurso do São Caetano, que perdeu 24 pontos. Segundo o técnico do Coritiba, o time do ABC não vai conseguir recuperar a pontuação – e isso significa que o Coxa vai lutar ainda mais por uma vaga na Copa Sul-Americana.

Lopes, na véspera do julgamento, teve uma conversa com o presidente do STJD, Luiz Zveiter. "Estava em um programa de TV do Rio de Janeiro, e encontrei o Zveiter lá. Ele me disse que o caso está muito bem fundamentado, e que seria muito difícil que o recurso fosse acatado", revela o Delegado, indo na contramão dos juristas, que garantem a recuperação dos pontos para o São Caetano. "Pelo que conversei no Rio, a decisão não será revista", diz, com segurança.

A alteração na tabela faz o Coritiba ficar com a chance de classificação para a Sul-Americana mais visível, mesmo que siga sendo pequena. Com 58 pontos, o time precisa ultrapassar Internacional e Ponte Preta, que estão empatados com 61 – pelos critérios, os gaúchos ocupam a nona colocação, sendo no momento a última equipe a conquistar vaga para a competição continental.

E os critérios atrapalham o Coxa, que com apenas catorze vitórias, fica sempre atrás dos rivais – Inter e Ponte venceram dezoito vezes. Por isso a necessidade de ultrapassar ambos, e também o Figueirense, que está com 60 pontos. Para isso, o Cori precisa vencer Goiás (domingo, 16h, no Couto Pereira) e Criciúma, e torcer para que gaúchos, catarinenses e paulistas não marquem mais que dois pontos. "Nós temos essa chance, e não podemos perdê-la de vista. Vamos ganhar os dois jogos e ver depois o que vai acontecer", resume o atacante Alemão.

Mesmo que isto represente uma possibilidade ‘instantânea’. Afinal, uma decisão do pleno do STJD pode mudar tudo de novo, recolocando o São Caetano entre os primeiros, deixando o Fluminense (63 pontos) como último qualificado para a Sul-Americana e acabando com o sonho alviverde – que precisaria torcer para uma improvável combinação de resultados de quatro equipes. "Não temos que pensar nessa situação agora", avisa Antônio Lopes. "Precisamos olhar para o momento. E o momento mostra o São Caetano com 24 pontos a menos. O que vai acontecer depois não interessa", finaliza o goleiro Fernando.

Gol do Alviverde não terá mudanças em 2005

Quando Fernando renovou contrato por mais um ano, ele tornou-se o goleiro com mais tempo como titular do Coritiba nos últimos quinze anos, colocando seu nome na história do clube. Mas não só ele emplaca temporadas seguidas no Alto da Glória. Além deles, Fernando Vizzotto, Júnior e Douglas seguem com vínculo, e 2005 será o terceiro ano consecutivo que o Coxa não muda seus goleiros.

"É, vamos nós para mais uma temporada", festeja Douglas, que vem jogando as últimas partidas por causa da contusão no tríceps de Fernando, que também deve tirá-lo do jogo com o Goiás, domingo. "É a prova que o nosso trabalho está dando resultado", completa o titular do momento. "Eu não sei se um clube tem três goleiros de nível tão elevado. Três não, quatro, porque o Júnior é muito bom também", avisa Vizzotto.

A relação entre eles é a melhor possível. "Não é porque disputamos posição que vamos ficar brigados. Estamos competindo, mas a unidade é fundamental", explica Fernando, que considera a presença dos companheiros decisiva para o próprio rendimento. "Quando você tem jogadores capazes de estar na sua posição, a obrigação é de evoluir a cada dia. O bom disso é que todos se ajudam, e a evolução é de todos", comenta.

Esta união chega a impressionar. "Nós somos muito próximos", confirma Douglas. "Quando acontece alguma coisa com um de nós, todos sentimos. Até na hora da brincadeira nós ficamos do mesmo lado, até porque sempre pegam no pé dos goleiros", conta Vizzotto. "Só que, na última vez que nós nos unimos, do outro lado estavam os outros vinte e oito jogadores do elenco. Aí, a brincadeira continuou", diverte-se Fernando.

E todos têm objetivos para mais um ano no Coxa. "Eu tenho meus desejos, continuar jogando como titular, conquistar mais títulos. E eu vou lutar por isso", diz Fernando.

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