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Fábio Costa move processo contra seu próprio time. Leão o dispensou quando era técnico do Santos.

São Paulo  (AE) –  O goleiro Fábio Costa move uma ação trabalhista contra o Santos – clube que defende atualmente – desde o início de 2004, quando começou a jogar pelo Corinthians.

Na época, o goleiro acusou os dirigentes da Vila Belmiro de não terem pago parte dos direitos de imagem que deviam a ele, abono de férias, de não assinarem a guia para a liberação do seu Fundo de Garantia, além de terem retido a sua carteira de trabalho.

Como na volta de Fábio Costa ao Santos o assunto não teria entrado na pauta de negociações, o processo segue na Justiça. O presidente do clube, Marcelo Teixeira, não vê nada de grave na situação.

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?O processo se refere ao desligamento de Fábio Costa do clube no final de 2003, por decisão da comissão técnica (leia-se Leão)?, diz o dirigente.

Ele se justifica informando que, ao assinar contrato no seu retorno à Vila Belmiro, teria sido colocada uma cláusula no documento que prevê o acordo. ?Há direitos que estão sendo discutidos. No momento certo haverá o acerto?, emenda.

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A confirmação da existência do processo é mais um motivo para problemas entre o goleiro e os torcedores santistas.

No jogo remarcado de 13 de outubro do ano passado pelo Brasileirão, quando o Corinthians venceu o Santos – encerrando um longo jejum e arrancando para a conquista do título -, Fábio Costa fez gestos obscenos para a torcida santista e saiu de campo dizendo que a Vila Belmiro não tinha condições para abrigar clássicos.

Sempre que o Santos não vai bem na Vila Belmiro, Fábio Costa é o primeiro a ser vaiado e hostilizado, como no empate por 1 a 1 com o Fluminense. Nas vezes anteriores, o goleiro se limitava a mandar, nas entrevistas, que os insatisfeitos que ficassem em casa, em vez de irem ao estádio atrapalhar o time.

Mas, após o jogo com o Fluminense, as ofensas de alguns torcedores e a reação de Fábio Costa, com gestos obscenos, terminaram em pancadaria na saída da Vila e o goleiro teve que ser salvo pelos seguranças.

O curioso é que Fábio Costa passava por um momento de paz e amor com o clube e com os poucos torcedores que têm ido ao estádio, tanto que, nos primeiros dias de setembro, assinou a ficha de sócio do Santos e ao retornar ao clube, comprou um camarote na Vila Belmiro.

Para Teixeira, ele é o maior goleiro do Brasil, tanto que se esforçou para tirá-lo do Corinthians, lhe pagando salário igual ao que lhe dava a misteriosa MSI – cogita-se que seria em torno de R$ 180 mil – e, entre outros benefícios, o goleiro até recebe ajuda de custo de R$ 2 mil, para o aluguel de uma cobertura a uma quadra da praia.