A presidente Dilma Rousseff pediu ao Comitê Rio-2016 que a primeira pessoa a carregar a tocha no Brasil fosse uma mulher. A partir daí, pelo critério de escolher campeãs olímpicas para a honraria, foi mostrada uma lista com seis jogadoras de vôlei que conquistaram o ouro nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012. Dilma então escolheu Fabiana, capitã do time de Zé Roberto Guimarães e que tentará levar o Brasil ao tricampeonato inédito.
A cerimônia ocorrerá nesta terça em Brasília. Logo cedo, a chama chegará à capital federal, vinda de Genebra, na Suíça. Haverá eventos dentro e fora do Palácio do Planalto e, por volta das 10h30, Dilma acenderá uma tocha em uma pira que será montada próxima da rampa. Ela então passará o fogo para a tocha de Fabiana, que começará o percurso que contará com 12 mil condutores.
Fabiana vai descer a rampa do Palácio do Planalto, andar cerca de 300 metros, e aí inicia o revezamento, com a chama indo para o pesquisador Artur Ávila Cordeiro de Melo. Entre os dez primeiros condutores estão nomes como o de Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial de surfe na elite, a boxeadora Adriana Araújo, a jogadora de vôlei Paula Pequeno e o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.
A presença da tocha olímpica no Brasil é a grande cartada dos organizadores para alavancar a venda de ingressos e ampliar a competição para fora das fronteiras do Rio. “A tocha cumpre dois papéis: gerar essa contagem regressiva para os Jogos, que tem imagem de impacto, e cumpre outro papel, que é o de espalhar os Jogos para fora do Rio. É a oportunidade para outras cidades ter uma aproximação com o movimento olímpico”, diz Leonardo Caetano, diretor de cerimônias e revezamento da tocha do Comitê Rio-2016.
Ele montou uma equipe com 300 pessoas que vão rodar o Brasil levando a tocha para todas as capitais e principais pontos turísticos. “Vamos acordar às 5h da manhã e trabalharemos até 20h, claro que em turnos. Está todo mundo muito animado de participar desse comboio”, garante.