Apesar da profunda mudança no elenco, o Paraná Clube mantém algumas características da equipe do ano passado. A começar pelo trio de maior experiência. Anderson, Ricardo Conceição e Lúcio Flávio têm a missão de garantir estabilidade emocional do time neste período de transição. Capitão da equipe, Lúcio Flávio vê o elenco mobilizado para uma boa campanha, onde remanescentes e recém-chegados abraçaram o projeto do Tricolor. “Não é o ideal mexer em 50%, 60% do elenco, de competição para competição. Mas temos que nos adaptar rapidamente a essa nova filosofia e acolher bem estes novos reforços”, disse.
Diferentemente do que ocorria no Paranaense, desta vez o camisa 10 não será o único responsável pela armação das jogadas. Mesmo escalando meias “abertos” nas pontas, por características individuais, tanto Rubinho quanto Ronaldo Mendes irão auxiliar Lúcio Flávio na criação, mas sem perder a velocidade no ataque. “Quero o time atacando com cinco ou até seis jogadores”, avisou Dado Cavalcanti. Para isso, conta com a mobilidade de Rubinho e Ronaldo pelos lados e de Lúcio Flávio e Ricardo Conceição “por dentro”.
Dado também quer sempre um dos laterais no apoio. “Ele (Dado Cavalcanti) cobra muito o bom passe e a posse de bola. Creio que o grupo está entendendo rapidamente a sua filosofia de trabalho”, avalizou Lúcio Flávio. O jogador, três anos mais velho do que Dado, não vê problema ao ter no comando um técnico mais jovem do que ele. “A diferença não é tão grande (risos). E isso, para mim, nunca foi problema. Sei respeitar a hierarquia.”