Se tudo der certo, o recorde da Maratona de Curitiba, de 2h17’59", alcançado em 2001 por João Gustavo Assumpção, poderá ser quebrado hoje, na oitava edição da Maratona Ecológica de Curitiba. Pelo menos essa é a expectativa de alguns atletas da categoria de elite que participaram da coletiva à imprensa, ontem, no auditório da UnicenP.
"A prova de Curitiba é bastante difícil, mas com as condições oferecidas neste ano, muitos atletas devem surpreender e eu espero estar entre eles", disse o bi-campeão pan-americano dos 5.000m e 10.000m e campeão da Maratona de Berlim deste ano, Elenilson da Silva, com o tempo de 2h12’14".
A expectativa otimista de muitos atletas para a prova de domingo se deve principalmente ao horário da largada. Este ano, atendendo a um pedido dos próprios atletas, a organização da Maratona de Curitiba decidiu fazer a largada mais cedo: às 7h para o feminino, às 7h20 para os cadeirantes e categoria especial, e às 7h30 para o masculino. Com este horário, os atletas de ponta, que completam o percurso em até 2h30min, não terão que enfrentar altas temperaturas nos últimos quilômetros.
Outro ponto elogiado pelos atletas de elite, durante a coletiva, foi a manutenção do percurso do ano passado, bem menos acidentado que nos anos anteriores. "A alteração no percurso feita no ano passado retirou várias subidas que dificultavam demais o desempenho, principalmente de nós, cadeirantes. Estou otimista e espero vencer a prova pela terceira vez", disse o bicampeão da prova na categoria cadeirante em 2002 e 2003, Wendel da Silva Soares.
Além dos atletas, participaram da entrevista o coordenador geral da Maratona, Romualdo Diniz Tissot, o atleta Robson Caetano, que veio a Curitiba como observador, em nome da Caixa Econômica Federal, uma das patrocinadoras do evento. A Maratona de Curitiba conta ainda com patrocínio da operadora TIM, da Kero-Côco, Siemens e Ouro Fino.
A entrevista teve também a participação do delegado da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Paulo Silva. Ele disse que, em Curitiba, vence o atleta que conseguir manter o mesmo ritmo durante toda a prova e fez ainda uma aposta com todos na coletiva. "Este ano, vai ser batido o recorde de 2h17’59" de 2001. Podem escrever isso", afirmou Silva.
Já Robson Caetano, que reencontrou amigos e colegas que com ele disputaram provas internacionais nos últimos anos, disse que o nível técnico da Maratona de Curitiba superou todas as expectativas. "A prova de Curitiba já está em sua oitava edição. Nada permanece tanto tempo sem que o sucesso seja tão evidente."
A atleta de Brasília, Maria Aparecida de Souza, campeã em Curitiba no ano passado na categoria cadeirante, disse que sua maior preocupação é com a chuva e o vento forte, mas como a previsão do tempo não prevê nada disso, ela está confiante que vai melhorar seu desempenho este ano. "Ano passado, fechei a prova em 3h e 37 minutos, enfrentando vento forte e muito calor. Acho que neste domingo vou conseguir melhorar meu tempo."