Uma tarde daquelas. É o que esperamos ter hoje, a partir das 16h, quando Atlético e Coritiba se reencontram para o terceiro Atletiba da temporada. No campeonato paranaense, tivemos um empate e uma vitória coxa. Hoje, na Arena, o jogo vale pelo campeonato brasileiro, e pode reafirmar a “gangorra” que segue a dupla paranaense na primeira divisão.
Veja só: na última rodada, o Coritiba venceu o Grêmio e o Atlético perdeu para o Santo André. Antes, na 10ª volta, o Furacão vencera o Inter e o Coxa perdera para o Barueri. Indo outra rodada para trás, na nona deu Cori contra o São Paulo, e deu Grêmio contra o rubro-negro. Mais? Na oitava, Atlético 1×0 Corinthians e Internacional 3×0 Coritiba.
Portanto, são quatro rodadas em que um ganha e o outro perde. Nesta gangorra, o retrospecto aponta que é dia do Atlético vencer e do Coritiba perder – e, neste caso, nem precisaria de “ajuda externa”. Mas hoje é clássico, e o retrospecto não diz nada. É só lembrarmos quantos Atletibas o favorito acabou perdendo, ou o dono da casa acabou derrotado. Por isso, não adianta apontar quem está mais perto da vitória.
Melhor na competição (é o 12.º, com treze pontos), o Coritiba tem os jogadores mais badalados do futebol paranaense: o goleiro Vanderlei, o volante Leandro Donizete e os armadores Carlinhos Paraíba e Marcelinho Paraíba.
Este, no caso, é a grande atração da tarde no Joaquim Américo. O gol que marcou contra o Grêmio foi o mais bonito da última rodada, recolocando-o no posto de principal jogador do Estado.
Mas do lado rubro-negro estão o artilheiro da temporada, Rafael Moura (que precisa se livrar da má fase), o lateral Márcio Azevedo, o zagueiro-artilheiro Rafael Santos e o atacante Wallyson, a grande esperança atleticana na tarde de hoje. O “Possesso” é sinônimo de velocidade e técnica no ataque do Furacão.
Neste duelo, os treinadores escondem o jogo. Há dúvidas: do lado atleticano, Wallyson; do lado alviverde, Cleiton. Os dois serão avaliados nos vestiários da Arena. Enquanto isso, esquemas táticos, posturas, filosofias e principalmente a escalação são escondidas por René Simões e Waldemar Lemos, que se conhecem desde jovens, quando iniciavam na carreira.
Hoje, experientes e em clubes que valorizam seus trabalhos, os técnicos podem garantir dias de calmaria com uma vitória no Atletiba. “O clássico é um dos poucos jogos que valem por vários dias”, teoriza René Simões. É verdade. Apostas são feitas por toda a cidade, há gente que chega a avisar que se o seu time perder não vai trabalhar amanhã. Coisas que só um Atletiba faz por você. E que começam a ser revividas no momento em que Wilson Luiz Seneme apitar o início de mais um clássico sensacional.