Exilado desde que a cidade de Donetsk foi ocupada por forças militares separatistas, em 2014, o Shakhtar Donetsk é um clube nômade. Seus jogadores moram e treinam em Kiev, capital da Ucrânia, mas os jogos da equipe têm variado de lugar. Nesta segunda-feira, porém, o Shakhtar anunciou que terá uma casa fixa em 2017: o Metalist Stadium, em Carcóvia, 300 quilômetros ao norte de Donetsk.

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Desde que ficou sem seu estádio, a Donbass Arena, agora usada como ponto de distribuição de material humanitário, o Shakhtar Donetsk jogou principalmente na Arena Lviv, em Lviv, do outro lado do país – 1,2 mil quilômetros separam as duas cidades. Lá, jogou muitas vezes para públicos irrisórios. Mesmo na Liga Europa, seus jogos tinham 10 mil pessoas em média, apenas.

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Após mandar algumas partidas em Carcóvia, porém, a diretoria decidiu que era hora de mudar. O Metalist Stadium era usado pelo Metalist Kharkiv, que fechou as portas no ano passado, após sofrer um colapso financeiro. O estádio para 40 mil pessoas, utilizado na Eurocopa de 2012, ficou sem um time para jogar lá – dois clubes novos foram criados, mas vão começar de baixo.

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Assim, a cidade de Carcóvia abraçou o Shakhtar. “As partidas que a gente jogou em Carcóvia provaram para nós que existem muitos fãs nessa região. Isso nos permite ficar mais perto dos nossos torcedores”, disse o diretor-geral Sergei Palkin.

O primeiro compromisso do Shakhtar na nova casa será em 23 de fevereiro, contra o Celta, da Espanha, pela Liga Europa. A equipe, que conta com uma legião de brasileiros – Fred, Dentinho, Bernard, Marlos, Taison, Alan Patrick e Ismaily – lidera o Campeonato Ucraniano com enorme folga. Na parada para o inverno, tem 50 pontos, contra 37 do Dínamo de Kiev.