Ele ainda nem vestiu a camisa rubro-negra, mas já é ?atleticano desde criancinha?. O zagueiro Gustavo é a nova aposta do Atlético para um dos setores mais criticados da equipe. Ontem, ele fez os exames médicos de rotina e a partir de hoje já se junta ao elenco no CT do Caju.
Aos 22 anos, Gustavo já tem uma boa experiência internacional. Seu currículo ostenta passagens pela Inglaterra e Itália, onde atuou até o final da última temporada européia. Nascido em Curitiba, ele iniciou sua carreira no Malutrom. Em 2003, surgiu a primeira oportunidade para atuar na Europa. ?Tive uma proposta para fazer um teste no Chelsea e fui aprovado. Joguei no segundo time e treinava sempre contra o primeiro?, recorda.
Cansado de atuar só pela equipe reserva, Gustavo resolveu voltar ao Brasil, em busca de objetivos maiores. ?Foi aí que o Levir Culpi apostou em mim e fui para o Botafogo. Foi uma época muito boa para mim. Fiz 32 jogos pelo Campeonato Brasileiro, atuando ao lado de zagueiros de nível de seleção brasileira, que eram o João Carlos e o Scheidt?, avalia.
Depois da passagem pelo alvinegro carioca, ele partiu para uma nova temporada européia, desta vez na Itália. Defendeu Udinese e Treviso, onde disputou sua última partida, no dia 19 de maio.
De volta ao Brasil, ele estava treinando com o J. Malucelli. Antes de acertar com o Atlético, surgiu a possibilidade de atuar no Rennes, da França, mas a negociação não deu certo. ?Recebi uma proposta de compra de meus direitos e quatro anos de contrato. Mas quando cheguei lá, era outra coisa. Fiquei só três dias e acabei voltando?, revela Gustavo, desmentindo a informação de que não teria sido aprovado pelo time francês.
Agora, o zagueiro diz estar motivado e ansioso para defender o Furacão. ?Só tenho que recuperar um pouco da forma física e ritmo de jogo. Eu estava treinando e em duas semanas devo estar pronto para jogar. Sei que não vou chegar como titular, já que o Atlético tem grandes jogadores na posição?, afirma o jogador, que assina contrato até dezembro de 2007.
Gustavo acredita que o Rubro-Negro tem condições para buscar uma posição melhor no Brasileiro e fugir definitivamente do rebaixamento. ?É um time que deveria estar numa posição melhor. Tem qualidade para sair dessa situação e mostrou isso contra o Paraná?, avalia.
Aos atleticanos, o zagueiro promete aquilo que a galera mais espera. ?Podem esperar muita determinação, entrega e trabalho. Amo o que eu faço e o local onde trabalho. Tenho parentes e amigos atleticanos e já estou entrando no clima. Já sou atleticano desde criancinha.?
Evanílson é o novo lateral
O Atlético deve apresentar neste final de semana mais um reforço para o Brasileirão. O lateral-direito Evanílson, 31 anos, completados na última terça-feira, foi contratado ontem pelo Rubro-Negro. O jogador estava no Colônia, da Alemanha, onde também defendeu o Borussia Dortmund, quando foi campeão alemão e vice na Copa da Uefa. Evanílson começou a sua carreira no América Mineiro, passou depois pelo Cruzeiro e Atlético Mineiro.
O lateral também atuou pela seleção brasileira e foi campeão da Copa América em 1999. Em 2003 foi vice-campeão da Copa das Confederações.
Com a contratação de Evanílson, o técnico Osvaldo Alvarez terá agora quatro jogadores para a posição. Além de Jancarlos, o Atlético tem ainda Carlos Alberto e Benetoli – que vinham sendo pouco utilizados pelo treinador, além de André Rocha, que chegou a jogar improvisado na lateral-direita.
Vaga de Fabrício em aberto
A negociação de Fabrício com o futebol do Qatar criou um problema para o Atlético na Copa Sul-Americana. Como o meia é um dos 25 atletas inscritos pelo Furacão no torneio, o técnico Vadão terá um jogador a menos à disposição para a disputa com o River Plate, pelas oitavas-de-final.
Fabrício já viajou para o país árabe, onde vai defender o Al-Khor. Faltam apenas os exames médicos de rotina para que a transferência seja oficializada. Assim, o Rubro-Negro terá apenas Ferreira, Válber e Willian para a posição. ?O problema é que só pode inscrever novos jogadores na semifinal. Daí, poderemos fazer duas mudanças. Neste momento, a vaga do Fabrício não tem como preencher?, diz Vadão, lembrando que a situação permanecerá caso o Atlético avance para as quartas-de-final.
Como Dagoberto não vem sendo aproveitado, o Atlético ficaria apenas com 23 jogadores para o desafio internacional. Mas Vadão já avisou que a disputa judicial com o jogador não vai prejudicar o Rubro-Negro. ?Se precisarmos de atacante, o Dagoberto está inscrito e eu ponho para jogar?, garante.
Já para o Campeonato Brasileiro, o Furacão tem até o dia 22 para encontrar um substituto para Fabrício. A direção atleticana tenta repatriar Netinho, que está emprestado ao Náutico. Mas ele tem contrato até o final do ano com o clube de Recife, que dificilmente irá liberá-lo.