O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner entregou-se à polícia de Trinidad & Tobago, na tarde desta quarta-feira, pouco depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitar ao país caribenho a prisão do dirigente, que também já foi presidente da Concacaf e que atualmente é membro do parlamento tobaguiano. Ele, entretanto, foi liberado após pagar fiança de US$ 2,5 milhões.
Warner se apresentou em uma delegacia de polícia de Port of Spain, capital de Trinidad & Tobago, acompanhado de pelo menos um advogado. O ex-dirigente esportivo foi liberado com o compromisso de se reapresentar no dia 12 de julho.
Warner deixou o futebol em 2011, para evitar punições da Fifa em um escândalo durante a eleição presidencial da Fifa naquele ano. Nesta quarta, antes de se entregar, negou as mais recentes acusações de corrupção contra ele e garantiu não ter cometido qualquer irregularidade.
O ex-presidente da Concacaf foi uma das 14 pessoas indiciadas nesta quarta-feira nos Estados Unidos por acusações de corrupção. Dois de seus filhos admitiram culpa de acusações relacionadas. Warner disse que não foi questionado durante as investigações.
Então presidente da Concacaf, entidade que gere o futebol nas Américas Central e do Norte e no Caribe, Jeffrey Webb, natural das Ilhas Cayman, é um dos sete dirigentes que foram presos pela manhã em Zurique (Suíça), pela polícia local, em cooperação com a Justiça dos EUA.
Horas depois da prisão de Webb, o hondurenho Alfredo Hawit, vice-presidente, foi nomeado presidente interino da Concacaf e vai ficar no cargo até que sejam realizadas novas eleições. Hawit, que comanda a Federação de Futebol de Honduras, também estava em Zurique, mas inicialmente não faz parte da lista de investigados pela Justiça dos EUA.
Entre os presos estão também Costas Takkas (assessor de Webb), Eduardo Li (presidente da Federação de Futebol da Costa Rica) e Julio Rocha (ex-presidente da Federação Nicaraguense, do Comitê Olímpico da Nicarágua e da União Centro-Americana de Futebol).