Foragido desde o último dia 20, quando a polícia emitiu um mandado de prisão, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, 28 anos, se entregou na tarde desta quarta-feira na sede do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa). O torcedor é acusado de ter participado da invasão ao CT do Corinthians no dia 1.º e é um dos 12 corintianos que no ano passado ficaram presos mais de cem dias em Oruro, na Bolívia, acusados de matar o jovem Kevin Espada.

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“Ele se entregou porque é inocente. Não agrediu ninguém, não é bandido, traficante, não usa drogas. É apenas um torcedor fanático”, disse à reportagem Roseli Freitas, mãe de Ferreira.

A prisão de Ferreira faz parte da “Operação Hooligans”, que investiga a invasão ao CT do Corinthians e já prendeu três membros de torcidas organizadas do clube. Tarcísio Baselli Diniz e Gabriel Monteiro de Campos foram detidos pela invasão e Danilo dos Santos Gomes por porte ilegal de arma e de drogas.

Durante a invasão ao CT, funcionários foram agredidos e três celulares, roubados. Os carros do auxiliar de preparação física Flávio Furlan e do zagueiro Paulo André foram danificados. De acordo com Joaquim Grava, médico do Corinthians, Ferreira era um dos mais exaltados.

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Ferreira é diretor da Pavilhão 9 e um dos principais líderes da organizada. É um dos responsáveis por promover caravanas para acompanhar jogos do Corinthians no Brasil e no exterior. Durante o período em que esteve preso em Oruro, assumiu a liderança do grupo de corintianos detidos por ser quem melhor falava e entendia espanhol. Assim, coube a ele negociar algumas regalias com os agentes penitenciários e buscar amizade com os detentos bolivianos, a fim de amenizar o clima hostil que os brasileiros encontraram no presídio. Os 12 corintianos foram soltos por falta de provas.

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Ele é o quinto torcedor preso em Oruro a se envolver em confusão depois da volta ao Brasil. No ano passado, Cleuter Barreto Barros, o Manaus, Leandro Silva de Oliveira, mais conhecido como Soldado, e Fábio Neves Domingos, presidente da Pavilhão 9, foram identificados entre os participantes de uma briga com torcedores do Vasco no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Também no ano passado, Raphael Machado Castilho de Araújo foi preso na Bahia depois de trocar tiros com policiais.