O Paraná Clube está prestes a completar dois anos na Série B, sem conseguir superar sequer a 11.ª colocação. Um quadro preocupante e que acabou servindo de fator motivador para a união de forças políticas do clube.
Os “cardeais” estão de volta, fortalecidos e dispostos a mudar os rumos do Tricolor. A chapa “Revolução Tricolor, o Paraná do tamanho dos nossos sonhos” apresentará amanhã seu projeto de gestão para o próximo ano.
Um grupo que conta com praticamente todos os ex-presidentes do clube, algo inédito nesses quase vinte anos de história.Uma união que começou a ser alinhavada em março, inicialmente sem propósitos políticos.
“Na ideia original, seria apenas um grupo de apoio. Mas, o Aurival nos esnobou”, revelou o ex-presidente Ernani Buchmann. “Tínhamos planos para a Série B, com uma reformulação da gestão do departamento de futebol. Tínhamos até técnico acertado, mas fomos surpreendidos com a vinda do Zetti”. A partir disso, o grupo se mobilizou em outra direção.
“A ideia, agora, é profissionalizar todos os setores do clube”, emendou Aramis Tissot, um dos principais mentores dessa chapa. Sem dar maiores detalhes do projeto, Tissot revelou que os planos do grupo não se limitam ao futebol. “Vai além. Pensamos numa reformulação estatutária. Precisamos nos adaptar ao atual momento do País”, disse.
O grupo não conta apenas com o pessoal das antigas. Há a presença de novas lideranças, como o empresário Marcelo Romaniewicz, que recentemente deixou o departamento de marketing do Paraná por não concordar com alguns direcionamentos da atual diretoria.
“Estamos aglutinando muita gente boa. Empresários de conceito e que estão do nosso lado. É uma ação inovadora, que une experiência, poder financeiro e novas ideias”, revelou Romano, que atuou como uma espécie de consultor do grupo.
O poder financeiro citado por Romano viria através dos muitos contatos de Renato Trombini, capitaneando um grupo de empresários dispostos a transformar a estrutura do clube. Este grupo, além dos nomes citados, conta ainda com as presenças dos outros ex-presidentes, Darci Piana, Dilso Rossi e Ênio Ribeiro.
As exceções são apenas José Carlos de Miranda candidato por outra chapa , Aurival Correia e Ocimar Bolicenho. Este, ausente apenas porque no momento está vinculado ao Atlético, como gerente de futebol.
O projeto em sua totalidade, bem como os nomes que comporão os três cargos principais, presidente e dois vices , será apresentado amanhã, em um almoço marcado para o restaurante Veneza.
Para os saudosistas, mesmo local onde há quase vinte anos, pinheirenses e colorados articularam a fusão que deu origem ao Paraná. Agora, a promessa é do surgimento de um novo clube, a partir da eleição de 11 de novembro. É esperar para ver.