passado, presente e futuro

Ex-presidentes dizem que não adianta culpar antecessores

Hoje são muitas as justificativas para a atual crise financeira do Paraná, entre elas a mais citada é a herança deixada pelos ex-presidentes e que culminaram em muitas dívidas e um clube sem muitas perspectivas. O Paraná Online ouviu dois dos ex-presidentes do Tricolor, para repercutir a ameaça dos atletas de parar de treinar se os salários, ou parte deles, não forem pagos até a terça-feira da semana que vem.

Aquilino Romani, que antecedeu a gestão de Rubens Bohlen, e dirigiu o clube entre 2010 e 2011 preferiu não se aprofundar no tema, mas deixou claro a responsabilidade pela atual situação. “A diretoria deve estar empenhada nisso, o presidente Rubens Bohlen foi para a reeleição dizendo que ele tinha muitos projetos para concluir dentro do clube. Não é uma crítica que faço a ele. Ele falou isso então eu acredito que ele deve estar trabalhando para achar uma solução”, disse o ex-presidente.

Para José Carlos de Miranda, que esteve à frente do clube por duas gestões, de 2004 a 2007, a maneira de gerir o futebol está errada. Ele dá um exemplo. “Parece que a diretoria comete um erro pertinaz que é o excesso de jogadores. Você vê a declaração do Giancarlo que surpreende a todos onde ele diz que já tem jogadores em excesso e ainda estão querendo contratar mais. Eu acho que é a hora de apostar na base e dar oportunidade às categorias de base e tentar permanecer na segunda divisão”, disse o professor Miranda, que não quis falar sobre os erros do passado e disse que é o momento de pensar apenas no futuro. “Eu já saí de lá faz sete anos, então está na hora de esquecer os possíveis erros que eu cometi, que o Aurival cometeu, que o Aquilino, Ernani, Ocimar enfim, é hora de pensar no presente e no futuro e deixar o revanchismo que só atrapalha”, se defendeu Miranda.

A atual diretoria não se pronunciou após o anúncio dos jogadores de parar as atividades em caso de não pagamento dos salários dentro de uma semana. Os ex-presidentes ainda defenderam que é momento de união e que entre os problemas está a dispersão de pessoas que poderiam ajudar o clube. Aquilino ainda enfatizou que a queda e permanência na segunda divisão levaram o Paraná para esta situação em consequência da queda de receita oriunda da detentora dos direitos de transmissão.

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