Os conselheiros do Atlético decidem hoje (24) se aprovam ou não as contas da gestão do ex-presidente Marcos Malucelli. Só que tende a ser uma votação às escuras, já que, de acordo com o vice-presidente do conselho administrativo, José Cid Campêlo Filho, os conselheiros ainda não receberam a documentação que contém os números de 2011. “Ainda não recebemos o balanço. Quem tem que apresentar, conforme está previsto no estatuto, é o conselho fiscal do ano anterior”, disse. Segundo o dirigente, isso fará com que a votação do balanço seja feita em cima da hora. “Assim que marcamos a reunião para a votação avisamos a diretoria anterior. Eles ficaram de entregar, mas não recebemos. Está no estatuto e a data é sagrada. Temos até o dia 25 (amanhã) para a avaliação. É a data limite e vamos ter que votar”, reafirmou Cid.
Ex-conselheiro fiscal do Furacão, Jefferson Furlan Nazário não foi encontrado para justificar a demora no envio do balanço, mas para seu ex-colega de conselho, Amadeu Geara, os números não devem ter itens problemáticos e que interfiram na aprovação. “Até onde acompanhei as contas referentes ao terceiro trimestre não havia nenhum problema. Só pequenos ajustes, o que às vezes é natural”, explicou.
O ex-conselheiro disse ainda que não tem maiores detalhes do balanço, por ter deixado o cargo logo após as eleições do ano passado, mas até onde acompanhou as contas um único ponto talvez levante discussão. É em relação aos valores recebidos pela Rede Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. No ano passado, o clube assinou um novo acordo com a emissora, no valor de R$ 34 milhões anuais, com R$ 20 milhões recebidos ano passado. “Não faço parte do conselho, mas ao que me parece o que pode suscitar um debate é a questão do pagamento feito pela Globo, porque alguns podem entender que foi adiantamento e outros entendem que entrou como pagamento de luvas”, disse.