Rafael Esquivel, ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, se declarou culpado de acusações federais na cidade de Nova York, nesta quinta-feira. Seu caso é parte de uma longa investigação conduzida nos últimos anos pela Justiça dos Estados Unidos que resultou em um escândalo de enormes proporções na modalidade.
Esquivel se declarou culpado pelos crimes de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro. Os promotores disseram que ele também participou de esquemas de propina relacionados à obtenção de contratos com veículos da imprensa e direitos de marketing.
Ainda segundo a Justiça norte-americana, entre os torneios pelos quais as propinas foram pagas, estão a Libertadores e a Copa América. Esquivel pode pegar 20 anos de prisão por cada um desses crimes.
“Como parte de sua participação nestas conspirações criminais, Esquivel utilizou sua influência como dirigente do futebol para receber milhões de dólares em subornos da parte de outros coacusados que enviaram os pagamentos dos bancos no estrangeiro a contas de Esquivel nos bancos nos Estados Unidos”, explicou a Justiça norte-americana.
Em meio a um acordo com os promotores, Esquivel aceitou pagar uma multa de US$ 16 milhões. Com isso, a verba arrecadada pelas autoridades dos Estados Unidos nesta investigação superou os US$ 200 milhões.
Esquivel tem 70 anos e presidiu a federação venezuelana entre 1988 e 2015. Ele é suspeito de ter feito parte de um esquema de propina que levou a final da Copa América de 2007 para a cidade de Maracaibo. O dirigente também foi vice-presidente da Conmebol.