Ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo recebeu nesta sexta-feira liberdade provisória da Justiça uruguaia, após permanecer dois anos e meio na cadeia e em prisão domiciliar. A informação foi dada por sua advogada, Karen Pintos, em contato com a agência The Associated Press.

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Pintos explicou que um tribunal no Uruguai concedeu a Figueredo o benefício de aguardar em liberdade provisória a conclusão do processo judicial no qual é acusado pelos crimes de fraude e lavagem de dinheiro. A defesa solicitou a medida citando o tempo de prisão já cumprido por ele e o embargo de mais de US$ 10 milhões em bens do ex-dirigente.

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Um dos dirigentes presos em 2015 no maior escândalo de corrupção da história do futebol, que provocou a detenção do ex-presidente da CBF José Maria Marin e de outros dirigentes do primeiro escalão no mundo, Figueredo ficou oito meses preso na Suíça, onde foi detido inicialmente em maio de 2015, até ser extraditado em dezembro do mesmo ano ao Uruguai. Em abril de 2016, graças à sua idade e problemas de saúde, teve atendido o pedido de prisão domiciliar.

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O ex-mandatário da Conmebol foi acusado, no final de 2013, por vários clubes do futebol uruguaio e pela associação de jogadores do país de ser integrante de uma “organização criminosa” que cobrava subornos em troca de licenças para ter os direitos de transmissão de competições organizadas pela entidade sul-americana.

Curiosamente, no fim de 2016, o ex-dirigente teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça uruguaia, que daria um veredicto diferente um ano depois. Figueredo foi presidente da Conmebol entre 2013 e 2014 e vice-presidente do organismo continental de 1993 a 2013.