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De férias do Besiktas, da Turquia, ex-craque do Paraná aproveitou pra acompanhar os jogos do torneio. |
Durante este mês, de férias do futebol turco, o ex-craque paranista Ricardinho, que atualmente joga no Besiktas, fez questão de acompanhar de perto as rodadas da 1.ª Copa Tribuna de Futebol Society.
O meia, que tem ?faro? para descobrir novos talentos, esteve reunido com a comissão organizadora da competição para uma avaliação dos primeiros quatro meses do evento.Idealizador da 1.ª Copa Tribuna de Futebol Society junto com Tcheco (Grêmio), Ricardinho mostrou-se bastante satisfeito com os resultados. Elogiou a atuação e coordenação do presidente da Federação Paranaense de Futebol Society, Carlos Deodoro (diretor da Cancun Esportes), que ao lado de José Antônio Luciano (diretor da Tcheco Mania de Bola) e de seu pai,
José Luiz Rodrigues (diretor da Ricardinho Sports), vem valorizando e incentivando o esporte.
O grupo discutiu a atuação individual de cada uma das escolinhas participantes, agora que já há um maior entrosamento entre os profissionais do ramo e que já é conhecido o perfil e as condições técnicas de todas elas.
Nas últimas semanas, o ex-Paraná, Bordeaux (França), Corinthians, Santos e São Paulo reviveu aqui em Curitiba seus dias de glória cercado pelos fãs, dando autógrafos e tirando fotos. Ricardinho também concedeu uma entrevista exclusiva à Tribuna sobre a 1.ª Copa Tribuna de Futebol Society e a sua carreira no exterior. Confira:
Tribuna – Você iniciou no esporte jogando em escolinhas de futebol. Como é ver toda essa garotada – e até o seu filho – começando da mesma forma?
Ricardinho – É diferente. Quando eu comecei, não havia toda essa estrutura à disposição nas escolinhas de futebol. As condições que as crianças têm atualmente é muito superior. Iniciei no Pinheiros, em 83. Hoje é a vez do Bruno, que tem 7 anos. Depois, pretendo ver o Bernardo, que está com 2 anos, jogando futebol. Fico feliz de poder ver essa garotada tendo oportunidade, mostrando garra em campo, sonhando e buscando crescer dentro do esporte. Independente se mais tarde vão jogar futebol ou não. Um evento como este é muito importante.
Tribuna – Como jogador e ?olheiro?, você já conseguiu ver aqui algum futuro craque, um atleta que pode se tornar uma promessa no profissional?
Ricardinho – Acho que é muito cedo para uma avaliação deste nível. Até porque o intuito da realização da copa, com a participação de atletas a partir dos 7 anos de idade, e mesmo o objetivo maior das escolinhas, não é revelar jogadores, mas sim, dar espaço para a garotada jogar bola de forma sadia, com o acompanhamento de profissionais que possam ensinar de acordo com cada faixa etária. Tenho gostado do que venho assistindo. Mas ainda é muito cedo para dizer ?esse ou aquele?. É lógico que há meninos de destaque aqui que sabem jogar bola, sabem chutar bem e são diferentes dos outros.
Tribuna – Como você vê a importância de se praticar esporte desde cedo?
Ricardinho – Desenvolvimento não só da coordenação motora, mas desenvolvimento integral. Tivemos aqui crianças que no primeiro dia não falavam, não participavam, eram inibidas e hoje não. Elas brincam, se comunicam com as outras crianças, se entrosam com os profissionais, com a torcida… Isso certamente significa que a escolinha de futebol contribui para o crescimento delas, como um todo.
Tribuna – Como é a vida na Turquia? Sente saudades do Brasil?
Ricardinho – Brasil sempre é Brasil, com todas as suas qualidades e os seus defeitos. O coração, as raízes, a família, os amigos estão aqui. Estou bem adaptado na Turquia. Minha mulher e meus filhos gostam bastante de Istambul. Atuo numa equipe que possui uma estrutura muito boa. O trabalho continua. Tudo na vida tem seu momento. Este é o momento de estar lá, de aproveitar a oportunidade, de cumprir o contrato. Até porque, daqui mais alguns anos, penso em parar.
Tribuna – Tem previsão de quanto tempo ainda vai ficar fora do Brasil?
Ricardinho – O momento agora é o Besiktas. Tenho um contrato de mais duas temporadas e estou bem satisfeito. Estou com 31 anos. Minha meta é de jogar, no máximo, mais cinco anos. Depois, voltar para o Brasil e aí sim traçar novos projetos de vida.