Ex-ministro do Esporte, Rebelo diz que escândalo na Fifa não surpreende

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta segunda-feira que não é “propriamente uma surpresa o que aconteceu no mundo do futebol”, se referindo ao escândalo de corrupção que abala a Fifa.

“Eu fui presidente de uma CPI que investigou essas relações, cujo relatório não foi votado, e tenho um livro que está proibido até hoje – e eu não sei o porquê – sobre o tema. Então, não é propriamente uma surpresa o que aconteceu”, afirmou a jornalistas Rebelo, que foi presidente da CBF/Nike, entre os anos de 2000 e 2001.

Para ele, havia indícios de irregularidades. “O que é lamentável, porque gera prejuízos não só para a imagem do futebol, mas também para os clubes”, declarou. “Como é que uma Copa Libertadores, um torneio tão valorizado, com tanto apelo, por exemplo, paga prêmio menor do que o Campeonato Paulista? Essas investigações descobriram, quando feitas a rigor, coisas irregulares nesse mundo, e foi o que aconteceu”, disse.

Ele declarou que não acredita que as investigações possam chegar a questionamentos sobre a realização da Copa do Mundo do Brasil. “A Copa já foi muito bem investigada e controlada quando foi realizada. Essa investigação dos Estados Unidos nem cita o evento no Brasil”, ressaltou. Ele comentou que “falavam coisas” (superfaturamento de contratos) sobre a reforma do Mineirão, em Belo Horizonte, mas que os órgãos – Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e da União – nunca apuraram nada.

“A Copa do Mundo era um empreendimento privado. Ou seja, o Brasil ofereceu segurança pública, cuidou dos aeroportos, da infraestrutura, alguns estádios foram construídos com Estados e outros com privados”, explicou.

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