Ex-presidente da Federação Queniana de Atletismo, Isaiah Kiplagat morreu nesta quarta-feira aos 72 anos de idade. O falecimento foi confirmado pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), da qual o dirigente foi membro de longa data do Conselho da entidade durante a gestão do presidente Lamine Diack, encerrada no final do ano passado.

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Kiplagat liderou o organismo que controla a modalidade no Quênia por mais de 20 anos e vinha se sofrendo há um bom tempo com problemas de saúde. A Comissão de Ética da IAAF já havia suspendido o dirigente e outros dois membros da federação queniana (David Okeyo e Joseph Kinyua), em novembro passado, durante uma investigação em curso que apurava acusações de corrupção para acobertar casos de doping de atletas.

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Os três foram acusados de desviar mais de US$ 700 mil cedidos de um dinheiro de patrocínio pago pela Nike, assim como de praticarem os crimes de peculato e extorsão de atletas que teriam testado positivo para uso de doping e foram acobertados.

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Também acusado de corrupção, Lamine Diack está sob investigação na França em um caso que também envolve Papa Massata Diack, seu filho, que é um consultor de marketing da IAAF.

Diack é suspeito de ter recebido cerca de 1 milhão de euros para acobertar casos positivos de doping de atletas russos, por meio de chantagem e extorsão. Seu filho, que mora no Senegal, é acusado por promotores franceses de ter atuado de forma ativa para esconder estes casos.

A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) declarou, no início de maio, que o Quênia é um país que não estava agindo de acordo com as regras antidoping e precisaria modificar sua legislação para atender as exigências da organização. A nação chegou a correr o risco de ser excluída dos Jogos Olímpicos do Rio na modalidade, mas conseguiu regularizar a sua situação.