Um pedaço do Grêmio Maringá, campeão paranaense de 1977, morreu na última quinta-feira. Com infecção generalizada, decorrência do virus HIV, o volante Didi faleceu em Santos (SP), com 53 anos. Internado há um mês para tratar dos pulmões, o ídolo desconhecia ser portador do vírus.
Valdir Manoel dos Santos, o Didi, foi juvenil do Corinthians e profissional no América de São José do Rio Preto (SP) e no Palmeiras. Em 1977, mal aproveitado no alviverde, o meia topou um convite do time onde fez história.
Quando Didi calçou chuteiras pela primeira vez no estádio Willie Davids, falar em título era cair no ridículo. O Grêmio era saudoso de um bicampeonato estadual nos anos 60 (1963/64), mas os 70 ainda não soavam favoráveis.
O Galo começou mal 1977. A passagem ao quadrangular final só caiu na mão do alvinegro via repescagem. Na decisão, entretanto, Didi, Nivaldo, Ferreirinha e Itamar e companhia se consagrariam, aguando o chope do que seria o heptacampeonato do Coritiba.
Um sem-pulo de Didi cravou 2 x 1 no Willie Davids e causou um foguetório em Maringá. Um cartão amarelo o suspendeu do segundo jogo, o da taça: 1 x 1, no Couto Pereira.
Valdir Manoel dos Santos deixa mulher e três filhos. Ele também jogou no Atlético (vindo em 1978 junto com o meia Nivaldo) no Colorado e no Cascavel. Mas é em Maringá que vive a maior legião de saudosos. Ao lado de Zurging e Itamar, forma o trio de maiores ídolos do Grêmio Maringá.