Paulo Augusto Cheidde, baleado e morto num assalto na noite desta quinta-feira (19), aos 41 anos, era Paulinho Cheidde para o basquete, um ala de 1,92 metro que começou no esporte ainda garoto, aos 9 anos, no Esporte Clube São Bernardo. Disputou dois Campeonatos Sul-Americanos com a seleção brasileira em 1984, nas categorias cadete e juvenil.
Paulinho não chegou a jogar torneios oficiais pela seleção brasileira principal, mas sempre foi um jogador de clubes importante, daqueles que fazia pontos, estava sempre entre os cestinhas dos campeonatos – era preciso nos arremessos de dois e três pontos. "Sempre gostei de chutar de longa distância, é um arremesso que agrada os brasileiros", opinou, sobre o lance.
Oscar Schmidt foi seu parceiro no Corinthians, em 1996, quando o time foi campeão brasileiro. Na maior parte da carreira defendeu clubes de São Paulo – seu pai, Paulo Cheidde foi presidente da Federação Paulista de Basquete. Atuou na Pirelli (1991), Ginástico-MG (1992), Corinthians-RS (1993 e 1998), Suzano (1994), Telesp (1995), Corinthians (1996), Guaru (1997), Ribeirão Preto (1999), Barueri (2000), Unisanta (2001), ACF Campos-RJ (2002 e 2003) e Casa Branca (2004).
Encerrou a carreira em 2005 depois de sofrer um infarto, que o tirou do profissionalismo mas não o impedir de continuar jogando basquete. De lá para cá, passou a atuar pela seleção brasileira de veteranos, vice-campeã mundial na categoria em 2007.
O crime
Paulinho foi morto a tiros por volta das 20h de quinta-feira, quando chegava em casa, na Vila Euro, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ocupando um Corolla prata, o ex-atleta foi atingido com um tiro no peito. Segundo a namorada, que o acompanhava, o disparo saiu da arma de um de dois desconhecidos que abordaram o casal.
Mesmo levado por parentes ao pronto-socorro de Vila Assunção, Cheidde não resistiu e morreu. Os assassinos seguem foragidos. Em boletim de ocorrência registrado no 3.º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, consta que a carteira do ex-jogador não foi encontrada depois do assalto, mas a informação de que a namorada teria presenciado o roubo não foi registrada em papel.