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Ex-gerente do São Paulo recebeu R$ 1,5 milhão no ‘Caso U2’, afirma diretor

O diretor executivo de comunicação e marketing do São Paulo, Márcio Aith, enviou uma carta ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em que informa as razões que fizeram o departamento demitir por justa causa o então gerente de marketing do clube, Alan Cimerman.

No comunicado, enviado também a conselheiros do São Paulo, Aith afirma que Cimerman recebeu depósitos de pelo menos cerca de R$ 1,5 milhão em sua conta pessoal de parentes de primeiro grau, a quem o ex-funcionário do clube teria prometido ingressos e aluguel de camarotes para os shows do U2, em outubro, e do cantor Bruno Mars, em novembro, no Morumbi. A defesa de Cimerman nega as acusações.

Aith garante que o São Paulo não chegou a sofrer prejuízos, pois as vendas não chegaram a ser concretizadas. O gerente diz ter conversas e áudios que comprovam a intenção de Cimerman de forçar o clube a firmar um contrato de cessão, com uma empresa terceirizada, de nove camarotes do Morumbi, no valor de quase R$ 190 mil.

O plano do ex-gerente, de acordo com Aith, era sublocar os camarotes a valores exorbitantes e desviar ingressos de lotes gratuitos que o São Paulo costuma distribuir para os eventos no Morumbi.

“Nas conversas, o funcionário demitido admite ter enganado o clube, falsificado documentos e assinaturas e se beneficiado financeiramente dos atos delituosos que praticou”, informa Aith.

Os detalhes sobre o suposto esquema liderado por Cimerman foram obtidos em investigação interna do departamento de marketing do São Paulo, com o aval de Leco, e o caso agora está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, que já ouve testemunhas.

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