Ex-corinthiano, goleiro responderá por dirigir alcoolizado

O goleiro Johnny Herrera, do Universidade do Chile, foi acusado formalmente nesta quinta-feira de dirigir alcoolizado, e também pelo delito de obter sua carteira de motorista de forma fraudulenta, de acordo com fontes judiciais.

O goleiro, que teve passagem pelo Corinthians em 2006, permanece em liberdade, sob medida cautelar de assinar a cada 15 dias, um controle na delegacia de seu bairro, a partir do dia 9 de novembro.

A audiência durou cerca de oito minutos, e a foi juíza Andrea Santander Guerra, do Tribunal de Garantia e Letras de Quintero, cicade localizada a cerca de 150 quilômetros de Santiago.

A juíza deu também um prazo de 60 dias para investigar os fatos ocorridos no dia 17 de setembro, quando o jogador da ‘La U’ foi detido por conta dos efeitos do álcool, após sair de um hotel.

Segundo o teste de álcool a que foi submetido pela Polícia, Herrera tinha 1,06 gramas de álcool por litro de sangue, mas posteriormente apresentou uma concentração de 0,81.

No Chile, se considera que uma pessoa está sob a influência do álcool a partir dos 0,30 gramas e em estado de embriaguez desde os 0,80.

Alguns torcedores da ‘La U’ estiveram próximos ao tribunal, durante a audiência, para apoiar Herrera, que deixou o local sem dar declarações, enquanto seu advogado, Felipe Barroel, disse que o arqueiro “está tranquilo e quer colaborar ao máximo com a investigação”.

Herrera não viajou com o elenco de sua equipe ao Equador, onde a Universidade de Chile visita nesta quinta-feira o Emelec, na partida de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, e será substituído por Paulo Garcés.

O advogado disse que Johnny Herrera “não tem impedimento algum” para sair do país e, discordou que seu cliente tenha sido acusado pela obtenção fraudulenta de carteira de motorista, e que na realidade era uma xerox da original.

“Não há fraude”, afirmou Felipe Barroel, enquanto a promotoria informou que investigará como Herrera obteve a carteira com que foi detido.

Segundo o fiscal do caso, Mauricio Dünner, se for declarado culpado, Herrera poderia ser condenado a uma pena de entre 541 dias e três anos de prisão por licença fraudulenta, e outra entre 61 e 541 dias por dirigir alcoolizado, além de dois anos de suspensão da licença e uma multa.

Este incidente foi o segundo do mesmo protagonizado por Herrera, após ter sido processado por homicídio culposo em 2009, após atropelar à universitária Macarena Casassus, de 22 anos, enquanto dirigia bêbado.

Nesse episódio, o jogador chegou a um acordo com a família da jovem e pagou 25 milhões de pesos (US$ 50 mil), para compensar o dano ocorrido, apesar da Promotoria desejar reabrir o caso contra o jogador.

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