Émerson, equilíbrio na defesa tricolor. |
Depois de um longo período marcado por oscilações, o Paraná Clube dá sinais de que o equilíbrio planejado por Paulo Campos foi atingido. Com o empate frente ao Palmeiras, o Tricolor chegou à marca de três jogos sem derrota, fato que não era registrado há exatos 103 dias. A última seqüência invicta – também de três jogos – havia sido obtida também sob o comando do treinador, em sua primeira passagem pelo clube. Curiosamente, foi logo após estes três jogos, com empates frente a Botafogo, Vasco e Coritiba, que Campos foi demitido pela diretoria paranista.
O novo momento do Paraná só não é melhor por um pequeno deslize. A derrota para o Botafogo (4×3), num jogo em que vencia por dois gols de diferença, é o ponto destoante da campanha tricolor. Caso tivesse confirmado a vitória, já estaria fora da zona de rebaixamento, ocupando a 19.ª colocação. “Mas, vamos chegar lá. O time está bem e o grupo coeso. Com este nível de atuação, vamos buscar as vitórias que nos faltam”, comentou o capitão Axel logo após o empate por 1×1, no Palestra Itália.
Assim como não faz projeções para rodadas futuras, a comissão técnica não lamenta descuidos passados. Usa os jogos anteriores para apresentar erros e indicar os pontos a serem corrigidos. “Foi assim, por exemplo, que ocorreu antes do jogo contra o Palmeiras. Os próprios jogadores detectaram as falhas cometidas contra o Coritiba e que não se repetiram”, analisou Paulo Campos. O treinador, nas oito últimas partidas, obteve aproveitamento de 58,33%. Na somatória das duas etapas, o rendimento do Paraná sob o comando de Campos é de 47,37%.
É praticamente o que o tricolor terá que render nas onze rodadas finais. Se somar 48,48% dos pontos que disputará, o representante paranaense se mantém na Série A. Resumindo: precisa de mais dezesseis pontos, mantendo-se a margem de segurança, que indica ser 53 o “número mágico” para a fuga do rebaixamento. Porém, com base na atual situação do campeonato, é provável que o clube que chegar aos 51 pontos esteja livre da “degola”. Paulo Campos, mesmo animado com os números expressivos, assegura que o time ainda está em evolução e tem muito a melhorar, principalmente no aspecto de encaixe dos contragolpes.