O Paraná Clube joga as suas fichas na volta de Éverton para dar novo ânimo ao time. Após cumprir suspensão, o meia retorna à equipe na busca por um resultado positivo em Santa Catarina.
Amanhã, o time de Rogério Perrô encara o Criciúma (às 20h30, no Heriberto Hülse). O garoto de apenas 19 anos transformou-se nessa temporada na principal referência do time, tão carente de qualidade.
Com um futebol essencialmente ofensivo, é a esperança do torcedor para liderar uma guinada do Tricolor nesta Série B.
Indispensável no atual momento do clube, Éverton sofreu um intenso assédio do Santos nas últimas semanas. A transação só não saiu porque a diretoria entendeu que nesse momento, o maior retorno que o meia pode dar é técnico e não financeiro. Durval Lara Ribeiro comandou o movimento junto à diretoria para ?blindar? qualquer possibilidade de transferência do jogador, neste momento difícil do Paraná.
Em Santos, o próprio Cuca -que fez de tudo para contar com Éverton – declarou que a negociação só não foi concluída porque ?o Vavá impediu?. O Paraná possui apenas 30% dos direitos econômicos do jogador, percentual igual ao que detém a L.A. Sports (que teria repassado uma parte à Traffic).
Éverton é dono dos outros 40%. Há dois meses, o clube teve que se desdobrar para renovar o contrato do atleta. ?Foi uma conquista, pois senão estaríamos à mercê de qualquer empresário. A multa rescisória era muito baixa para um jogador do porte do Éverton?, explicou Vavá.
O dirigente sabe que, mesmo assim, diante da valorização do atleta, não é impossível que algum clube venha a levá-lo, pagando a multa contratual. ?Só que acho pouco provável, pois o valor é elevado para os padrões nacionais?, explicou. Essa multa giraria em torno de R$ 10 milhões, valor não confirmado pelos dirigentes paranistas.
?Tentei mostrar pro Éverton que ir para o Santos, agora, não seria uma boa?, comentou o vice de futebol. ?Ele vive um grande momento e vai nos ajudar nessa volta à primeira divisão. Com isso, vai também se valorizar ainda mais?, encerrou Vavá, admitindo que ao fim da temporada será quase impossível impedir a transferência do atleta.
