Dois dos maiores caciques do Coritiba voltaram a fumar o cachimbo da paz. Numa vitória pessoal do presidente Giovani Gionédis, Evangelino da Costa Neves voltou atrás em suas acusações e se retratou perante o atual mandatário alviverde. Com isso, o Chinês se reintegra à atual diretoria e volta a participar normalmente da vida do clube. No entanto, o processo de impeachment do principal cartola coxa continua sendo tocado pela mesa do conselho deliberativo, que vai analisar se arquiva ou não a denúncia de falsificação de assinatura nas eleições de dezembro do ano passado.
?A escritura pública de declaração, datada de 11/10/2006, não refletiu o meu entendimento à época, razão pela qual venho por meio desta me retratar com relação às alegações referentes à falsificação de minha assinatura?, escreveu Evangelino em outro documento público registrado no 4.º Tabelionato de Notas de Curitiba. Com isso, o Chinês garante que assinou o pedido de dispensa da diretoria, em dezembro do ano passado, para poder votar na chapa encabeçada por Gionédis. ?Acrescento que minha vontade foi de fazer críticas a administração para o bem do Coritiba?, garantiu.
Com o pedido de desculpas, o atual presidente do Alviverde não perdeu tempo e visitou Evangelino em sua casa. ?O importante é reinar a paz no Coritiba. Elogio a decisão de Evangelino, o qual demonstrou grandeza em fazer a retratação. Ele volta às reuniões da diretoria contribuindo com sua sabedoria?, declarou Gionédis. Com a nova escritura em mãos, o mandatário do Coxa enviou a mesma para a mesa do conselho deliberativo para colocar um fim no processo de impeachment aberto contra ele.
?A mesa, que é neutra, está sendo surpreendida com a carta do Giovani. Estamos analisando porque há aspectos legais e há uma denúncia?, contrapôs Júlio Militão da Silva, presidente do conselhão. De acordo com ele, o processo está aberto através de despacho para a nomeação de advogados, de um perito para analisar a suposta assinatura de Evangelino e do requerimento de provas e testemunhas às partes envolvidas. ?Vamos analisar se o arquivamento é válido ou não. Por enquanto, o despacho está valendo até que se tome outra posição. A mesa vai agir com serenidade e absoluta segurança?, finalizou Militão.
Mancha fora e Henrique volta
O Coritiba perdeu o volante Rodrigo Mancha para os dois próximos compromissos, contra América-RN, no sábado, e contra o Paysandu, na terça-feira. ?Ele sofreu uma entorse no joelho direito, contra o Náutico. Em princípio, não nos parece uma lesão grave e ele vai fazer uma ressonância magnética?, revelou Walmir Sampaio, médico do Alviverde. Com isso, Mancha se junta a Ânderson Gomes, Jackson e William, que também estão no estaleiro no CT da Graciosa. Em contrapartida, o zagueiro Henrique e o atacante Eanes estão liberados e viajam com a delegação para Natal.
Segundo Sampaio, somente com os resultados dos exames é que se saberá com precisão em quanto tempo o volante estará de volta. ?Assim teremos um diagnóstico mais preciso e também poderemos dar um prognóstico de quanto tempo ele ficará parado?, aponta. No DM também estão o atacante Ânderson Gomes, com lesão muscular e previsão de mais uma semana para voltar, e o meia Jackson, que teve uma entorse no joelho e fica parado mais duas semanas. Já William, que sofreu uma fissura no pé esquerdo, ainda vai ficar fora dos gramados por mais tempo.
Em compensação, o departamento médico dá uma boa notícia para a torcida. ?A gente liberou hoje para treinar o Henrique, que está treinando com o grupo, e o Eanes também?, informou. Esses dois, mais o meia Marlos seguirão hoje cedo com a delegação alviverde para Natal. Como a viagem é muito desgastante, não há previsão de treinamentos e apenas um trabalho regenerativo está programado. Para o lugar de Mancha, machucado, o técnico Paulo Bonamigo já confirmou a presença de Egídio e, na zaga, Leandro e Henrique disputam a preferência do treinador.