Para quem esperava uma decepção total, diante do resultado do julgamento no caso dos ?bruxos?, Evandro Rogério Roman se mostrou tranqüilo e conformado. ?Eu não fiz pensando na condenação de A ou B. Fiz pra dizer que eu e determinado grupo não fazemos parte disso aí?, disse, ontem, à Tribuna, assim que chegou em Cascavel.

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À tarde, ele afastou a possibilidade de trocar o vínculo da Federação Paranaense para outra entidade. ?Eu vou analisar bem, mas no momento eu não penso em mudar.?

Evandro chegou a ser agredido verbalmente pelo ex-companheiro de profissão Amoreti Carlos da Cruz, amparado por dois seguranças, na sede da FPF.

Proteção policial

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Ontem, ele confirmou que logo após ter feito as denúncias, passou a receber ameaças. ?Eram ligações telefônicas sem alguém falando, com respiração profunda.? Isto o levou a procurar a polícia de Cascavel e pedir um acompanhamento maior.

A mesma prática foi utilizada por anônimos na manhã de anteontem, quando ele se dirigia a Curitiba, por isso acabou prevendo que teria problemas quando chegasse à FPF. ?Era uma forma que eles tinham de querer me intimidar.?

Lembranças

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Evandro Rogério garantiu que só anteontem, ao ler a Tribuna, que divulgou matéria, segundo a qual ele teria sido ?vendido? sem ser comunicado, na final da Taça Paraná de 2001, Mamborê x Colombo, passou a entender porque foi agredido naquele jogo, no interior. ?Naquele dia, tive que me passar por desmaiado. Foi a maior agressão que sofri na minha vida. Só não apanhei no rosto. Então era por causa disso, é??

Segundo a denúncia do ex-árbitro Nelson de Souza, naquele jogo, alguém fez o acerto mas não comunicou o apitador. No jogo de volta, já na capital, o árbitro Carlos Magno pegou um cheque de R$ 3 mil do presidente do Mamborê.

Depois de inúmeras ligações ontem, Roman disse que sentia uma força interna dizendo que as coisas deveriam acontecer agora porque era o momento. Perguntado se repetiria as denúncias novamente, foi claro: ?Nas circunstâncias que as coisas estavam, com certeza?.