A Chapecoense viverá situação inusitada nas duas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. O time catarinense não poderá contar com Vinícius Eutrópio porque o treinador foi suspenso por dois jogos. O curioso é que o gancho, decretado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira, se deve a infração cometida quando ainda treinava o Santa Cruz, na Série B do Campeonato Brasileiro.
Eutrópio foi defendido pelo próprio departamento jurídico da Chapecoense no julgamento desta terça. O treinador fora denunciado pela Procuradoria por ter invadido duas vezes o campo na derrota do Santa Cruz para o Londrina por 3 a 1, pela sexta rodada da Série B. Ele foi punido com dois jogos de gancho por maioria de votos dos auditores.
Naquele jogo, o treinador invadiu o campo pela primeira vez para reclamar contra a marcação de pênalti em favor do Londrina. A reclamação fez a arbitragem expulsá-lo da partida. Eutrópio, porém, voltou a aparecer no gramado no intervalo da partida para criticar o juiz.
Ao fim da partida, o treinador foi demitido pela diretoria do Santa Cruz. Como consequência, ele não chegou a cumprir a suspensão automática na partida seguinte da equipe na Série B. Também por isso não foi defendido pelo Santa Cruz nesta terça. A defesa ficou a cargo da equipe catarinense, seu novo time desde a semana passada.
No julgamento, o advogado da Chapecoense tentou descaracterizar o desrespeito à arbitragem e defendeu que houve apenas uma invasão ao gramado. “Em nenhum momento ele tentou desrespeitar ou a atitude de adentrar no campo para cometimento de uma infração mais grave. Tão somente para alertar que estava errado”, disse Marcelo Mendes, que não teve sucesso em sua argumentação.