Uma ampla investigação sobre manipulação de resultados identificou mais de 380 partidas suspeitas, incluindo jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e da Eurocopa, além de dois duelos da Liga dos Campeões da Europa. As evidências encontradas apontam que um grupo criminoso de Cingapura está intimamente envolvido com a manipulação.
“Este é um dia triste para o futebol europeu”, disse, nesta segunda-feira, Rob Wainwright, diretor da organização policial da União Europeia, a Europol. Ele afirmou que a investigação descobriu “atividades de manipulação de resultados em uma escala que não vimos antes”
A investigação apontou lucros de 8 milhões de euros nas apostas e pagamentos de 2 milhões de euros em subornos a jogadores e árbitros, o que já levou a vários processos. Wainwright disse que o envolvimento do crime organizado “destaca um grande problema para a integridade do futebol na Europa”.
Ele afirmou que uma rede criminosa baseada em Cingapura estava envolvida na manipulação de resultados e gastou até 100 mil euros por partida para subornar jogadores e árbitros.
Ainda não está claro quantos dos jogos mencionados nesta segunda foram revelados em escândalos anteriores de manipulação de resultados em países como Alemanha e Itália.
Wainwright e outros envolvidos nas investigações se recusaram a identificar qualquer um dos suspeitos, jogadores ou partidas envolvidos, citando que as investigações ainda estão em curso.
Ele disse que enquanto muitas partidas manipuladas já eram conhecidas, a investigação da Europol comprovou o envolvimento generalizado do crime organizado no esquema fraudulento. “Esta é a primeira vez que estabelecemos provas substanciais de que crime organizado já está operando no mundo do futebol”, afirmou.
Wainwright ressaltou que agora há um “esforço concentrado” em todo o mundo do futebol para combater a corrupção.