Os EUA afirmaram que não boicotarão os Jogos Olímpicos de Pequim, apesar dos violentos confrontos entre policiais chineses e manifestantes no Tibete. ?Se você fizer um ranking das piores idéias, o boicote olímpico estaria em 1º lugar?, afirmou o porta-voz do Comitê Olímpico dos EUA, Darryl Seibel, para quem o boicote puniria apenas os atletas, sem obter resultados concretos.

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Após ter feito pesados investimentos de infra-estrutura para ser sede da Olimpíada, um boicote seria um duro golpe para a China. Até agora, porém, tanto os EUA quanto os países europeus descartaram a possibilidade de não participarem dos jogos.

Ontem, Pequim afirmou que nenhuma arma de fogo foi utilizada na repressão ao protesto realizado sexta-feira em Lhasa, capital do Tibete, que deixou 16 mortos, segundo as autoridades de Pequim, e pelo menos 80, de acordo com ativistas tibetanos exilados na Índia. O premiê Wen Jiabao afirmou que as autoridades agiram com comedimento para pôr fim aos protestos e responsabilizou o dalai-lama pela violência.

Apesar de negar o uso da força e sustentar que a situação em Lhasa está sob controle, a China recusa-se a permitir a entrada de jornalistas e observadores estrangeiros na região, sob o argumento de que não pode garantir sua segurança.

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