Na véspera da eleição mais importante da Fifa, o símbolo de todo o escândalo do futebol, Joseph Blatter, garantiu: “eu sempre serei o presidente”. Em entrevista ao New York Times, o suíço se negou a baixar a cabeça, mesmo depois de ter sido suspenso do futebol por seis anos por suspeitas de corrupção e de ter sido impedido de se despedir do mundo do futebol no congresso da Fifa.

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A duas semanas de completar 80 anos, ele não esconde a mágoa de ter sido tratado de “gângster”. Mas garante: “Sou um homem feliz, às vezes triste, sim. Mas sou um homem feliz”. “Todos os dias é uma festa”, garantiu.

Blatter evitou por meses declarar seu apoio a um dos cinco candidatos. Mas, ao jornal americano, deu clara indicação de que defenderia Salman bin Ebrahim al-Khalifa. Para ele, as denúncias sobre violações aos direitos humanos não têm credibilidade. “No país dele (o Bahrein), é muito diferente”, disse. “E os europeus, será que são tão limpos com os direitos humanos?”.

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Blatter também garantiu que seu afastamento de seis anos será revertido pela Corte Arbitral do Esporte, mas admitiu que a Justiça suíça, em setembro, o queria obrigar a conceder uma coletiva de imprensa, acompanhado por policiais. “Nenhum homem é um profeta em seu país”, disse. “As autoridades me trataram como se eu fosse o último gângster do mundo”.

A suspensão imposta a Blatter termina em 2022, antes da Copa do Mundo do Catar. Mas ele nega qualquer possibilidade de voltar. “Basta”, disse. “Serei sempre o presidente”, completou.

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