Copa 2014

Estudo revela que Arena levará nove anos para se pagar

Se for reinaugurada em março de 2013, a Arena da Baixada só pagará todos os recursos investidos para a adequação à Copa do Mundo em 2022. É o que aponta estudo realizado pela Brunoro Sport Business, que avalia que o estádio não será reformado por menos de R$ 220 milhões. A consultoria também considera que esse prazo para quitar a dívida só será cumprido se no período de nove anos o Atlético conseguir lotação máxima (42 mil lugares) em quase todos os jogos e ainda viabilizar bons contratos com naming rights, publicidade, locação para eventos, shows, restaurantes e lojas no estádio.

Segundo o estudo da Brunoro Sport Business, a Arena da Baixada, entre todos os 12 estádios em construção para a Copa do Mundo, seria o terceiro a se pagar mais rápido. Ficaria atrás apenas do Beira-Rio, do Internacional, que se pagaria em 5 anos, e do Maracanã, que levaria 8 anos e meio para zerar as dívidas.

Por outro lado, existem subsedes onde serão injetados milhões em estádios, mas como o futebol é pouco atrativo nos estados levarão décadas para que a dívida seja quitada. Um exemplo é a Arena Amazonas, em Manaus, onde não há time sequer na Série C do Campeonato Brasileiro. O resultado é que a o estádio, para 46 mil pessoas, e que custará quase R$ 500 milhões, será pago só daqui a 45,4 anos.

Na sequência vem o Mané Garrincha, em Brasília, que demorará 36,5 anos para ser pago; a Arena Pantanal, em Cuiabá, (34,2 anos) e o estádio das Dunas, em Natal, (33,6 anos). A Arena Pernambuco pode entrar na lista de elefantes brancos. Isto porque, os três principais clubes de Recife – Náutico, Santa Cruz e Sport – já têm seus próprios estádios e não há previsão de que troquem de casa após o Mundial. Com isso, se o trio mantiver suas partidas nos estádios atuais, a Arena Pernambuco só irá se pagar em 30 anos.

Comparativo

O estudo também fez um comparativo dos gastos que o Brasil terá com os estádios para a Copa do Mundo de 2014 em relação ao que a Alemanha gastou para a Copa de 2006. No Brasil, serão despejados quase R$ 7 bilhões em 12 sedes, quase 50% a mais do que foi gasto há seis anos.

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