O resgate de amuletos e estratégias de 2016 não salvou o Palmeiras de sucessivas crises nesta temporada. A equipe recorreu a algumas armas do ano do título do Campeonato Brasileiro para tentar corrigir o rumo em 2017, mas a cerca de três meses para o fim do calendário, o clube vê que as medidas foram insuficientes. “O nosso grupo é bom, o nosso elenco é muito bom, assim como todos sabem. Mas, infelizmente, as coisas não estão acontecendo. Temos de ter paciência e perseverança”, disse o técnico Cuca no último domingo, depois da derrota para a Chapecoense.

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A primeira tentativa de aumentar o rendimento com base nas ações do último ano foi promover a volta de Cuca. Em maio, já eliminado no Campeonato Paulista, o Palmeiras demitiu Eduardo Baptista e apostou no retorno do comandante do título nacional.

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O treinador voltou com o respaldo da torcida e encarregado de repetir o trabalho do ano anterior com a ambição de conquistar a Copa Libertadores. A primeira partida dele foi na primeira rodada do Brasileirão. A vitória sobre o Vasco por 4 a 0, mesmo placar da estreia de 2016, aumentou o otimismo sobre o retorno.

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Como o time passou o mês de maio com atuações irregulares, em junho o treinador tratou de recuperar outro pilar importante para o sucesso de 2016. Cuca pediu à diretoria e foi atrás de Alberto Valentim. O auxiliar técnico do Palmeiras havia deixado o clube para o projeto de ser treinador. Depois de dirigir o Red Bull Brasil no Paulistão, aceitou a convocação de Cuca para retornar ao clube onde tem bom ambiente com os jogadores e exerce nos anos anteriores trabalho importante na parte tática dos treinamentos.

Os dois retornos à comissão técnica ainda não trouxeram o resultado esperado. O mês de julho trouxe na sequência derrotas para o Barcelona, no Equador, pela Copa Libertadores, e para o Corinthians, em casa. Os resultados negativos fizeram Cuca trocar de goleiro e retomar outra aposta certeira de 2016.

Uma semana após a derrota no clássico, o Palmeiras enfrentou o Flamengo no Rio com Jailson na vaga de Fernando Prass. O substituto foi uma das maiores surpresas na campanha do título nacional do ano passado. No retorno, defendeu pênalti cobrado por Diego, segurou o empate por 2 a 2 e mantém até agora a façanha de jamais ter perdido um jogo de Brasileirão.

Às vésperas da eliminação na Libertadores, o Palmeiras tentou outra medida que deu certo no ano passado. O elenco recorreu à concentração em Atibaia. Foram dois dias na cidade do interior paulista, onde se refugiou no ano passado antes da reta decisiva do Brasileirão.

Na noite da queda diante do Barcelona-EQU até o amuleto da calça cor de vinho reapareceu. Cuca havia deixado a peça de lado, porém a resgatou para dirigir o time na partida decisiva. Apesar da vitória no tempo normal, a equipe deu adeus na competição ao perder nos pênaltis. “Não é só contratar bons jogadores que vai ter bom time. As peças não encaixaram”, disse o zagueiro Edu Dracena.