Um dos técnicos mais badalados – e polêmicos – do futebol mundial, José Mourinho foi oficialmente apresentado nesta terça-feira como novo comandante do Manchester United. Após duas passagens como treinador do rival Chelsea, entre 2004 e 2007 e 2013 e 2015, o treinador fez questão de enfatizar que está realizando um sonho profissional ao assumir outro gigante do futebol inglês.

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“Estou onde quero estar. Quero estar neste clube, neste país, no Campeonato Inglês. Desde já me sinto frustrado por não jogar a Liga dos Campeões, mas espero que seja somente durante um ano. O Manchester United é um time deve jogar a Champions e temos de garantir que, em julho de 2017, estaremos lá”, ressaltou o técnico português.

Vencedor da Liga dos Campeões sob o comando do Porto e da Inter de Milão, ele espera se tornar um digno sucessor do lendário Alex Ferguson, que deixou um legado de muitos títulos e de incríveis 27 anos à frente do Manchester United. Após a sua aposentadoria, em 2013, o escocês David Moyes e o holandês Louis Van Gaal não tiveram sucesso no cargo, o qual Mourinho, por sinal, já cobiçava há bastante tempo.

“É difícil para mim descrever e encontrar as palavras certas para este clube. Não gosto da denominação que as pessoas usam como ‘emprego dos sonhos”. Esse não é um emprego dos sonhos, isso é uma realidade – sou o técnico do Manchester United. A realidade é que este é um emprego que todos querem, mas não muitos chegam a ter, mas eu o tenho”, afirmou Mourinho, sem esconder o seu entusiasmo.

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E Mourinho admite que apenas títulos de expressão irão satisfazer o torcedor do United, que não é campeão inglês desde 2013 e de lá para cá só conquistou apenas um troféu, que foi o da Copa da Inglaterra na temporada passada. “Sei da responsabilidade, da expectativa, do legado e o que está por trás de mim neste clube. Conheço a história do clube e sei o que os torcedores esperam de mim e este desafio não me deixa nervoso porque minha carreira nos últimos dez anos é viver em clubes com grandes expectativas”, disse o português, que neste período também passou pelo comando de Inter de Milão e Real Madrid, antes de voltar ao Chelsea em 2013.

CONFIANÇA E CURRÍCULO – O treinador confia na sua experiência e lembra que tem um currículo de muitos títulos para justificar a sua confiança em um trabalho bem-sucedido no United. “Há técnicos cujo último título foi conquistado há dez anos. E há outros não ganharam nunca um título. Eu ganhei o último há um ano, não há dez ou quinze”, destacou, se referindo ao título inglês da temporada 2014/2015 à frente do Chelsea.

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Mourinho, por sua vez, dispensou a modéstia ao falar sobre o seu próprio status, ciente de que hoje está no patamar dos melhores técnicos da atualidade, ao lado de nomes como Pep Guardiola, por exemplo, que será seu rival na Inglaterra como novo treinador do Manchester City.

“Seu eu tenho que demonstrar algo, imagina o resto. Mas isso é algo que não me importa. Jogo contra mim mesmo e tenho que demonstrar a mim mesmo que sou bom, não ao resto”, ressaltou o treinador de 53 anos, para em seguida destacar que coloca o United em “outra dimensão” ao projetar novas conquistas, mesmo depois de ter estado à frente de um clube como o Real Madrid, 11 vezes vencedor da Liga dos Campeões.

“Ganhar era uma rotina aqui e os últimos três anos foram para esquecer. Não quero que a mentalidade seja a de fazer melhor do que nas últimas temporadas, porque fazer melhor é terminar (o Campeonato Inglês) em quarto. Vamos luta por todos os títulos”, avisou Mourinho, que em sua apresentação ganhou uma camisa do United com o seu nome nas costas. Agora, ele espera poder escrever o seu nome na história como o comandante que recolocou o clube no caminho dos troféus que antes era rotineiros com Alex Ferguson.