Estadual ainda está aberto em três vagas para o campeonato

A oito dias do início da 1.ª fase do Campeonato Paranaense de 2007, ninguém sabe ainda quais clubes vão entrar em campo. Nada menos que três vagas na elite estão em disputa nos tribunais, escancarando a bagunça que ainda impera no futebol local.

A Divisão de Acesso (Segundona) terminou na semana passada, mas os campeões ainda não podem comemorar. O mais enrolado é o Iguaçu, alvo de pelo menos duas ações no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (TJD-PR). O Cascavel denunciou o clube de União da Vitória pela escalação do atacante Gílson na partida contra o Engenheiro Beltrão, em 7 de setembro. Três dias antes, o jogador havia sido suspenso por 120 dias pelo TJD-PR, e nenhum efeito suspensivo – recurso que poderia liberar o jogador até o julgamento definitivo – foi protocolado no TJD.

O Iguaçu não admite oficialmente, mas parece ciente de que o caso é complicado. No último sábado, o presidente do clube, Odenir Borges, e o técnico Orlando Bianchini discutiram ao vivo na Rádio Educadora, de União da Vitória. Odenir questionou a escalação de um jogador irregular, e o treinador respondeu que não sabia da suspensão.

O presidente falou ainda que na época não acompanhava as questões jurídicas da equipe por estar doente, e que deixou a tarefa para o técnico.

O TJD pediu e a FPF já enviou a súmula do jogo da suposta irregularidade. O caso deve ser entregue hoje a um procurador do TJD para formalização da denúncia – a tendência é que o julgamento seja marcado para a semana que vem. Caso seja punido, o Iguaçu perderia seis pontos no quadrangular final e passaria a vaga para o Cascavel.

Para piorar, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Iguaçu está sob suspeita. O número registrado na FPF refere-se a outro clube (a Sociedade Recreativa Beneficente Iguaçu), que não tem relação com a equipe de futebol. A suspeita, porém, ainda não foi levada à justiça desportiva.

Mais constestações – Outras duas queixas são do Engenheiro Beltrão, lanterna do quadrangular final, com nove pontos a menos que o Iguaçu.

A primeira questiona a escalação de alguns jogadores do Iguaçu que não teriam registro na CBF – o autor da denúncia só seria beneficiado se o campeão da Segundona perdesse seis pontos em mais de uma partida.

A segunda reclamação é contra a Portuguesa Londrinense, vice-campeã da Acesso, que teria escalado o jogador Almeida no confronto com o próprio Engenheiro, em 7 de setembro. No dia 4, o jogador pegou duas partidas de suspensão.

O Engenheiro tentou retirar a denúncia, mas como as taxas já haviam sido pagas, o TJD negou e já marcou a data do julgamento – segunda-feira que vem.

Toledo x União

A terceira vaga em disputa nos tribunais já é antiga. Rebaixado em campo, o Toledo Colônia Work ?derrubou? o União Bandeirante em junho, apontando a utilização de jogadores sem registro na CBF nos jogos contra Londrina, Adap e Roma. A 1.ª Comissão Disciplinar do TJD puniu o União com perda de 18 pontos e o Toledo foi mantido na Série Ouro. O time de Bandeirantes entrou com recurso fora do prazo no TJD e, como última esperança, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Mas esta semana a corte nacional mandou o caso de volta ao tribunal paranaense e sugeriu o pleno do TJD que julgasse novamente o caso.

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