Se antes, disputar a Copa do Brasil era sinônimo de fracasso para o futebol paranaense, nas recentes temporadas a história mudou. Criada em 1989, a competição poucas vezes teve um time do Estado brigando diretamente pelo inédito título Tanto que nos primeiros 20 anos – até 2008 -, apenas em duas ocasiões um representante local havia alcançado as semifinais – em 1991 e em 2001, ambas com o Coritiba.
Porém, da edição de 2009 em diante, a Copa do Brasil se tornou um torneio em que os paranaenses não entram mais para competir, mas para ganhar. Naquele ano, o Coritiba foi semifinalista. Em 2010, não houve nenhum representante do Estado entre os quatro melhores, mas em 2011 e 2012, o Coxa atravessou a barreira e chegou à decisão. Perdeu o título para Vasco e Palmeiras, respectivamente.
Nas cinco edições recentes da Copa do Brasil, comparando com outros Estados, o Paraná é o que mais ficou entre os semifinalistas, equiparanado-se a paulistas e gaúchos. A diferença é que os times de São Paulo foram campeões três vezes – Corinthians, em 2009; Santos, em 2010, e Palmeiras, em 2012 -, enquanto os concorrentes do Rio Grande do Sul só chegaram a uma decisão: com o Internacional, em 2009. Ou seja, entre os oito Estados que chegaram a esta fase da Copa do Brasil, em uma soma de pontos, o Paraná só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, que foi campeão em 2011, com o Vasco, e à frente de todas as outras regiões.
Até mesmo de algumas com forte projeção nacional e bom retrospecto no torneio, como Minas Gerais, que já faturou o título quatro vezes, todas com o Cruzeiro. Um sinal de que a fase mudou e as equipes paranaenses estão aprendendo a ser ‘copeiras’. Nas 25 edições do torneio, em 15 delas um time de Curitiba esteve, pelo menos, entre os oito melhores. Porém, as quartas de final pareciam ser um tormento para os clubes. Para se ter uma ideia, até a atual temporada, o Furacão havia sido eliminado sete vezes nesta fase. Já o Paraná, voltou para casa em quatro oportunidades. Além deles, o Londrina, em 1993, caiu na mesma fase do torneio.
Houve casos em que nem mesmo nas oitavas de final as equipes paranaenses conseguiram chegar. Em 1989, Atlético e Pinheiros, logo no primeiro ano, foram eliminados na primeira fase. Mesma situação do Paraná, em 1994. Já em 2003, com o Furacão; 2004, com Londrina e Prudentópolis, e 2006, novamente com o Atlético, além de Coritiba e Iraty, a melhor campanha foi apenas ter alcançado a segunda fase.
Aliás, 2006 foi o último ano de um fiasco paranaense na Copa do Brasil. A partir de 2007, o Estado foi crescendo de produção e, mesmo com menos representantes que outros Estados, passou a incomodar e olhar cada vez mais de perto a tão esperada taça.