Kobe – (AE) Muitos edifícios em Kobe parecem cenário, prontos a serem desmontados assim que terminar a encenação. O estádio local é um deles. A arena em formato de asas – daí o nome Kobe Wing Stadium – tem capacidade para 42 mil torcedores e é a menor dentre as 20 utilizadas para a Copa. Mas terá novas funções, depois do Mundial, e passará por grande reforma. A mais radical prevê a derrubada de 14 mil lugares nas arquibancadas laterais, que abrirão espaço para que a cobertura seja total e não só nas tribunas centrais, como ocorre atualmente. Teto retrátil protegerá o gramado.
O estádio será multifuncional. A idéia da prefeitura é transformá-lo em centro esportivo e local de manifestações culturais. Além disso, o Vissel Kobe mandará lá seus jogos na J-League, a Primeira Divisão do Japão. O projeto será completado por restaurantes panorâmicos no nível do gramado, academias de ginástica, centros de informação. O temor inicial era de que o estádio se transformasse em elefante branco, como o Saint-Dennis na França.
A promessa é entregar tudo na primavera de 2003, ou seja, em menos de um ano. Não se pode duvidar de um povo que enfrentou destruição, sete anos atrás, com terremoto devastador, e reergueu a cidade em pouco tempo. Uma cidade funcional, limpa, moderna, e com charme.