Morreu na madrugada de ontem, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina, a nadadora Dailza Damas, de 50 anos. Ela se recuperava de uma cirurgia para a retirada de um tumor na hipófise (face inferior do cérebro), tratado desde o ano passado, mas teve uma série de desmaios e paradas cardíacas nos últimos dias.

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A parada derradeira aconteceu quando ela estava sendo trazida para Curitiba, onde seria reavaliada. Internada às pressas, teve nova parada cardíaca e não resistiu.

Dailza foi uma personagem do esporte paranaense nos anos 90s. Começou a nadar depois de adulta (aos 28 anos) para incentivar o filho, que sofria de uma bronquite renitente, e transformou a natação em meio de vida. Em 1992, ela foi a 1.ª brasileira a atravessar o Canal da Mancha, entre França e Inglaterra.

Até atingir seu objetivo, Dailza Damas passou 19 horas em alto mar. Seu feito, depois repetido, transformou-a em ídolo no estado. No currículo, ela também tinha as travessias do Estreito de Gibraltar, entre a África e a Europa, além do contorno do arquipélago de Fernando de Noronha. Foram 10 anos de grandes travessias a nado – a última, no lago Titicaca, no Peru, aconteceu em 1991.

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Tumor

Em 2003, Dailza abandonou o esporte e foi morar em Bombas, balneário no norte de Santa Catarina. Preparava nos últimos meses o retorno às travessias, em um evento para comemorar os seus 50 anos. Segundo amigos, estava buscando patrocínio para a nova empreitada.

Mas foi traída pela saúde, por conta do diagnóstico do tumor. O tratamento começou no final do ano passado, e em outubro ela foi submetida a duas operações para retirá-lo. Foi liberada pelos médicos e voltou para casa, onde ficou até quinta.

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O corpo de Dailza Damas foi transferido para Apucarana, no Norte paranaense, onde foi velado na Câmara Municipal. Nascida em Califórnia, Dailza mudou-se com a família para Apucarana com 1 ano de idade. Hoje, em horário que não foi divulgado pelos parentes, o corpo será cremado em Curitiba e suas cinzas deverão ser jogadas ao mar, conforme desejo da nadadora.