Se Cesare Prandelli criou uma Itália ofensiva e agressiva nos últimos anos, a expectativa é que para a semifinal contra a Espanha o velho estilo defensivo volte a imperar. O treinador do time italiano ensaia a equipe num 3-6-1 para tentar anular o adversário e matar a partida no contra-ataque.
Mas nem mesmo a volta do “catenaccio” (“parafuso”, em italiano, que resume a orientação defensiva do time) preocupa os espanhóis. Para os jogadores, os frequentes embates entre as equipes já fizeram com que elas se conheçam e minimizem os eventuais impactos de alterações táticas.
“Nós conhecemos perfeitamente a seleção da Itália e sabemos que será um jogo complicado. Fizemos a final da Eurocopa. A Itália tem experiência, uma forte mentalidade competitiva e isso torna a partida difícil”, ponderou Sergio Ramos.
As rivais têm tido os caminhos cruzados desde a Eurocopa de 2008, quando se enfrentaram na Euro da Áustria e da Suíça. Na ocasião, os espanhóis derrotaram os italianos nas quartas de final nos pênaltis e iniciaram a rota que os colocaram como melhor seleção do planeta. No último campeonato europeu, novo encontro, dessa vez na final, e com o mesmo vencedor: implacáveis 4 a 0 na decisão.
Os jogadores acreditam que a supremacia recente deixará o adversário com gosto de revanche e não esperam vida fácil no Castelão, nesta quinta, às 16 horas. “Praticamente nós mantivemos a mesma filosofia de jogo, os mesmos jogadores, e a Itália é um pouco similar a isso, tem gente jovem que vai tentar nos impor mais dificuldades que na final da Euro”, concluiu Sergio Ramos.